Reinfecção com subtipo da Ômicron pode ocorrer, mas é rara, diz estudo
Dados epidemiológicos da Dinamarca mostram que uma parcela pequena da população sofreu reinfecção entre 20 e 60 dias após se recuperar
atualizado
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Um estudo realizado por pesquisadores do Statens Serum Institut (SSI), da Dinamarca, mostra que as pessoas infectadas pela Ômicron podem ser reinfectadas por subavariantes do vírus, como a BA.2, em um período curto, mas a chance é muito rara.
Os cientistas do principal órgão de doenças infecciosas da Dinamarca identificaram 1.739 casos de reinfecção de Covid-19 entre 21 de novembro de 2021 e 11 de fevereiro deste ano, onde as pessoas testaram positivo duas vezes dentro de um intervalo de 20 e 60 dias.
Neste mesmo período, mais de 1,8 milhão de novos casos foram confirmados no país. Os dados indicam uma taxa de reinfecção próxima a 0,096%.
“Nós fornecemos evidências de que as reinfecções por Ômicron BA.2 são raras, mas podem ocorrer relativamente logo após uma infecção por BA.1 (variante original)”, afirmaram os autores do estudo.
O estudo, que ainda precisa passar pela revisão de pares, também mostra que as pessoas reinfectadas continham menor quantidade de material viral no sangue, sugerindo que os pacientes adquiriram algum nível de imunidade com a infecção anterior.
Desde que foi identificada, a subvariante BA.2 se espalhou rapidamente pela Dinamarca, tornando-se a cepa dominante no país. Atualmente ela é relacionada a mais de 88% dos casos de Covid-19 por lá.