Registros de novas mortes por coronavírus triplicam em 10 dias
O número de novos óbitos por conta da Covid-19 atingiu um pico logo antes do feriado de 1º de maio
atualizado
Compartilhar notícia
Os registros de novas mortes por conta do coronavírus triplicaram entre os dias 20 e 30 de abril, atingindo um pico no último dia do mês. A queda subsequente em 1º de maio, provavelmente, é por conta do feriado, que diminui a velocidade de notificação de novos casos e óbitos.
Para chegar à conclusão, o (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, calculou a média (de três dias) de novas mortes por Covid-19. O pico foi atingido em 30 de abril, com uma média de 452,7 óbitos. Apenas dez dias antes, no dia 20 do mesmo mês, esse número era de 144,7 novos falecimentos.
O gráfico abaixo mostra a curva da quantidade de mortes por dia:
Como fica evidente, o número costuma cair após fins de semana e feriados. Isso acontece porque há menos pessoas trabalhando na contabilização dos dados. Esse fenômeno pode ser visto nessa terça-feira (05/05), quando o país registrou 600 mortes em um dia após registros de uma média de 250 óbitos.
Em 4 de maio, a média caiu para 319,7 mortes — número bem superior ao apurado logo após o último feriadão. No dia 22 de abril, foram 148 óbitos em média. O resultado disso? A curva de mortes tem se acentuado em vez de ser achatada.
No gráfico anterior, observa-se que o Brasil passou de 1 mil mortos para 2 mil em sete dias. Foi necessário o mesmo tempo para registrar os 3 mil óbitos. Mas, em apenas três dias, chegamos aos 4 mil falecimentos.
Como o coronavírus ataca o seu corpo: