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Harvard: beber refrigerante todo dia eleva risco de câncer em mulheres

Consumo de uma ou mais latinhas de refrigerante por dia também foi relacionado ao aumento do risco de morte por doença hepática em mulheres

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copos de refrigerantes de cola cercada de gelo em plano de fundo escuro
1 de 1 copos de refrigerantes de cola cercada de gelo em plano de fundo escuro - Foto: Getty Images

Mulheres que bebem ao menos uma lata de refrigerante com açúcar por dia correm 85% mais risco de desenvolver câncer de fígado no futuro, segundo um novo estudo da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos.

“Consumir uma ou mais bebidas açucaradas por dia foi associado a uma incidência significativamente maior de câncer e doenças do fígado, além de morte por condições crônicas”, escreveram os autores da pesquisa em um artigo publicado nessa terça-feira (8/8), na revista científica Jama Network Open.

Pesquisa sobre consumo de refrigerante

Os cientistas analisaram os dados de saúde de 98.786 mulheres norte-americanas na pós-menopausa, com idades entre 50 e 79 anos, ao longo de duas décadas. Elas estavam inscritas no programa Women’s Health Initiative, do Instituto Nacional de Saúde dos EUA.

Aproximadamente sete em cada 100 participantes (6,8%) afirmaram consumir uma ou mais porções de bebidas açucaradas por dia; 13 em cada 100 (13,1%) tomavam uma ou mais bebidas adoçadas artificialmente ao dia.

As mulheres que bebiam uma ou mais latinhas de refrigerantes com adição de açúcar todos os dias corriam um risco significativamente maior de serem diagnosticadas com câncer de fígado em comparação àquelas que tomavam menos de uma lata por semana.

As que fazem consumo diário desse tipo de líquido também têm 68% mais chances de morrer por doença hepática quando comparadas às mulheres que bebem até três refrigerantes por mês. Ao longo dos 20 anos do estudo, 150 participantes morreram pela condição, o que os pesquisadores entendem como um risco geral muito baixo.

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Entre os fatores que podem aumentar o risco do câncer de fígado estão: cirrose hepática, gordura no fígado ou uso de anabolizantes
Os sintomas costumam surgir nos estágios mais avançados da doença, e incluem dor no abdômen, inchaço da barriga, enjoo, perda do apetite e de peso, sem causa aparente, cansaço excessivo e olhos amarelados
Segundo levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de fígado foi o sexto tipo da doença que mais matou homens no Brasil, em 2020. Entre as mulheres, foi o sétimo
O câncer de fígado costuma ser identificado através de exames como o ultrassom ou tomografia, capazes de detectar um ou mais nódulos na região
O tratamento é feito com cirurgia, radioterapia ou quimioterapia, a depender do tamanho e da gravidade de cada caso, e as chances de cura são maiores quando o tumor é identificado precocemente, assim como em qualquer outro tipo de câncer
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Câncer no fígado é uma espécie de tumor maligno e, muitas vezes, bastante agressivo, que se origina nas células que formam o fígado, como hepatócitos, canais biliares ou vasos sanguíneos

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Entre os fatores que podem aumentar o risco do câncer de fígado estão: cirrose hepática, gordura no fígado ou uso de anabolizantes

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Os sintomas costumam surgir nos estágios mais avançados da doença, e incluem dor no abdômen, inchaço da barriga, enjoo, perda do apetite e de peso, sem causa aparente, cansaço excessivo e olhos amarelados

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Segundo levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de fígado foi o sexto tipo da doença que mais matou homens no Brasil, em 2020. Entre as mulheres, foi o sétimo

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O câncer de fígado costuma ser identificado através de exames como o ultrassom ou tomografia, capazes de detectar um ou mais nódulos na região

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O tratamento é feito com cirurgia, radioterapia ou quimioterapia, a depender do tamanho e da gravidade de cada caso, e as chances de cura são maiores quando o tumor é identificado precocemente, assim como em qualquer outro tipo de câncer

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Segundo o Inca, “quando o tumor está restrito a uma parte do fígado (tumor primário), a remoção cirúrgica é o tratamento mais indicado. Assim como no caso dos tumores hepáticos metastáticos, em que a lesão primária foi ressecada ou é passível de ser ressecada de maneira curativa”

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Quando já não é possível alcançar a cura do câncer no fígado, no entanto, o tempo de sobrevida é de aproximadamente 5 anos, mas esse valor pode variar de acordo com o grau de desenvolvimento da doença e outras doenças do paciente

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O estudo é observacional, ou seja, não é possível estabelecer uma causa e efeito. Embora ele não tenha identificado a maneira pela qual o consumo de bebidas adoçadas com açúcar estava associada à doença hepática, os pesquisadores lembram que o consumo de açúcar está associado à obesidade, ao acúmulo de gordura ao redor do fígado e ao aumento da glicose no sangue, três fatores de risco para o problema.

Os cientistas não fizeram nenhuma correlação entre o aumento do risco do câncer de fígado e adoçantes artificiais, como o aspartame. O ingrediente se tornou o centro de uma polêmica após a Organização Mundial da Saúde (OMS) enquadrar o adoçante artificial no grupo de substâncias “possivelmente cancerígenas”, em 13 de julho.

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