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Recuperados têm 5 meses de imunidade, mas podem transmitir coronavírus

Pesquisa britânica revela que imunidade adquirida naturalmente após infecção por Sars-CoV-2 fornece 83% de proteção contra reinfecção

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1 de 1 coronavírus covid sars-cov-2 - Foto: Freepik/Reprodução

Uma pesquisa feita pela Public Health England (PHE), agência governamental do Reino Unido, mostrou que pessoas que já foram infectadas pelo coronavírus mantém imunidade por até cinco meses. Contudo, os recuperados ainda podem carregar e continuar transmitindo o vírus para outras pessoas. O trabalho foi divulgado nesta quinta-feira (14/1) pelo governo britânico.

De acordo com os pesquisadores, pessoas infectadas por Covid-19 no passado ainda podem transportar o coronavírus no nariz e na garganta, correndo o risco de infectar outras pessoas. Por isso, a entidade chama a atenção para a importância de persistir nos cuidados já amplamente divulgados, como lavar as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel, além do uso constante de máscaras e adoção do distanciamento social.

O estudo da PHE acompanhou 20.787 profissionais de saúde em todo o Reino Unido desde junho de 2020. Por meio de exames RT-PCR, os pesquisadores analisaram a presença de anticorpos, o que sinaliza que a pessoa realmente já foi infectada pelo Sars-CoV-2.

Entre 18 de junho e 24 de novembro, os cientistas detectaram 44 reinfecções potenciais (2 “prováveis” reinfecções e 42 “possíveis”) em 6.614 participantes com teste positivo para anticorpos. O resultado indicaria que a imunidade adquirida naturalmente como resultado de infecções fornece 83% de proteção contra a reinfecção, em comparação com pessoas que não tiveram a doença antes. A imunidade dura pelo menos 5 meses, segundo o trabalho.

Caso as duas reinfecções “prováveis” fossem confirmadas, a taxa de proteção contra reinfecção seria de 99%, segundo a pesquisa. Nos dois casos de reinfecção não confirmadas pela equipe, os participantes relataram que experimentaram sintomas de Covid-19 durante a primeira onda da pandemia, mas não foram testados na ocasião. De acordo com eles, os sintomas foram “menos graves” na segunda provável reinfecção.

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Embora os pacientes que apresentaram anticorpos também demonstraram alguma proteção contra uma reinfecção por coronavírus, as evidências iniciais de uma nova etapa do mesmo estudo sugerem que alguns desses indivíduos carregam altos níveis de vírus e podem continuar a transmiti-lo. Os resultados não se aplicam a idosos, uma vez que a pesquisa foi feita com voluntários de 35 a 54 anos.

“Este estudo nos deu a imagem mais clara até o momento da natureza da proteção do anticorpo contra Covid-19, mas é fundamental que as pessoas não entendam mal essas descobertas iniciais”, alertou Susan Hopkins, consultora médica sênior da Public Health England e líder do estudo. “Agora sabemos que a maioria das pessoas que tiveram o vírus e desenvolveram anticorpos estão protegidas contra reinfecção, mas isso não é total e ainda não sabemos quanto tempo dura a proteção.”

De acordo com os pesquisadores, o estudo continuará a acompanhar os participantes por 12 meses para explorar quanto tempo a imunidade pode durar. O objetivo também será avaliar a eficácia das vacinas e até que ponto as pessoas com imunidade são capazes de transportar e transmitir o vírus.

 

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