1 de 1 Foto mostra mulher negra fazendo mamografia para detectar câncer de mama
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Os exames frequentes para averiguar o risco de câncer de mama devem começar aos 40 anos, apontam médicos da United Service Preventive Services Task Force – um painel de médicos que orienta as decisões tomadas pelos planos de saúde nos Estados Unidos.
Anteriormente, o grupo norte-americano estava de acordo com mamografias bianuais a partir dos 50 anos, com exames sendo realizados anteriormente apenas diante da presença de nódulos mamários persistentes. A recomendação alterada é a que norteia o Instituto Nacional do Câncer (INCA) no Brasil.
A nova recomendação dos médicos norte-americanos é que o rastreio periódico comece 10 anos antes e siga até os 74 anos. No Brasil, a data final de rastreio periódico sugerida é de 69 anos.
“Há um benefício líquido moderado na ampliação do rastreamento o que pode diminuir a mortalidade do câncer de mama”, apontam os médicos no texto. Segundo eles, o rastreio bianual de mulheres entre 40 e 74 anos levou a uma redução média de 28,4% das mortes, segundo apontam os estudos mais recentes.
Os médicos do United Service Preventive Services Task Force apontam que o número de mulheres na faixa dos 40 com casos da doença aumenta, em média, 2% a cada ano nos Estados Unidos. A recomendação também inova ao incluir expressamente homens trans, que foram designados do sexo feminino ao nascer, na necessidade de prevenção bianual.
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Câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células da mama causando tumor. Apesar de acometer, principalmente, mulheres, a enfermidade também pode ser diagnosticada em homens
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico
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Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos
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Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira
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Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas
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O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada
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Faça o autoexame. Em frente ao espelho, tire toda a roupa e observe os seios com os braços caídos. Em seguida, levante os braços e verifique as mamas. Por fim, coloque as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície dos seios
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A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça. Em seguida, apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita. Repita os passos no seio direito
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A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados, em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido
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Por fim, deitada, coloque a mão esquerda na nuca. Em seguida, com a mão direita, apalpe o seio esquerdo verificando toda a região. Esses passos devem ser repetidos no seio direito para terminar a avaliação das duas mamas
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Mulheres após os 20 anos que tenham casos de câncer na família ou com mais de 40 anos sem casos de câncer na família devem realizar o autoexame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente a doença
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O autoexame também pode ser feito por homens, que apesar da atipicidade, podem sofrer com esse tipo de câncer, apresentando sintomas semelhantes
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De acordo com especialistas, diante da suspeita da doença, é importante procurar um médico para dar início a exames oficiais, como a mamografia e análises laboratoriais, capazes de apontar a presença da enfermidade
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É importante saber que a presença de pequenos nódulos na mama não indica, necessariamente, que um câncer está se desenvolvendo. No entanto, se esse nódulo for aumentando ao longo do tempo ou se causar outros sintomas, pode indicar malignidade e, por isso, deve ser investigado por um médico
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O tratamento do câncer de mama dependerá da extensão da doença e das características do tumor. Contudo, pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica
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Os resultados, porém, são melhores quando a doença é diagnosticada no início. No caso de ter se espalhado para outros órgãos (metástases), o tratamento buscará prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente
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Rastreio do câncer de mama pode ser ainda mais frequente
A médica Wendie Berg, da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, escreveu no editorial quem acompanha a nova recomendação que o ideal é a realização de exames anuais, em vez de dois em dois anos.
“A recomendação nova não vai tão distante quanto era necessário. O rastreio anual teve resultados melhores, de 35,2% de redução das mortes, então é surpreendente a escolha, já que até os falsos positivos por mamografia são menores com exames anuais”, concluiu a pesquisadora.
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