Quimioterapia via aerosol: paciente passa por procedimento inédito no DF
A quimioterapia intraperitoneal por aerossol (PIPAC) é utilizada para controlar o câncer de pacientes com metástases na cavidade abdominal
atualizado
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Um homem de 57 anos com câncer de estômago foi o primeiro paciente de Brasília a ser submetido à quimioterapia intraperitoneal por aerossol (PIPAC), um procedimento inédito no Centro-Oeste, realizado no Hospital Santa Luzia, da Rede D’Or São Luiz, em 5 de dezembro.
A técnica atua em conjunto com a quimioterapia convencional para controlar o câncer de pacientes com metástases na cavidade abdominal e é minimamente invasiva, com aplicações de quimioterápicos no abdômen por laparoscopia.
De acordo com o cirurgião oncológico Bruno Sarmento, coordenador da equipe responsável pelo procedimento ao lado da oncologista Janyara Teixeira, a intervenção pode ser uma aliada do tratamento em diferentes fases da doença, desde cirurgias minimamente invasivas, citorreduções peritoneais até o controle da metástase peritoneal.
“É uma arma que atua em conjunto com a quimioterapia convencional para tratar ou controlar o câncer localmente, visando qualidade de vida”, explica.
De acordo com Sarmento, em um tratamento oncológico todos os recursos disponíveis devem ser utilizados para controlar o câncer e melhorar a vida dos pacientes. “Com a PIPAC nós podemos mover essas barreiras e obter o melhor resultado na luta contra o câncer, beneficiando o paciente”, conclui.
O paciente de Brasília passa bem. Ele deve repetir o procedimento em seis semanas.