Um estudo publicado na quinta-feira (19/1), no Journal of Clinical Oncology, mostra que essa mudança na estratégia de tratamento pode reduzir em cerca de 28% o risco de a doença retornar nos dois anos seguintes. A abordagem padrão adotada é a de cirurgia seguida por quimioterapia.
Feita por cientistas das universidade de Birmingham e de Leeds, ambas na Inglaterra, a pesquisa analisou dados de 1.053 pacientes com câncer de intestino de 85 hospitais no Reino Unido, Dinamarca e Suécia.
Os participantes foram divididos em dois grupos. O primeiro, com 699 pessoas, foi submetido a seis semanas de quimioterapia antes de realizar a cirurgia, seguida por mais 18 semanas de quimioterapia. O segundo grupo, por sua vez, teve o tratamento padrão para o câncer de intestino, com a cirurgia seguida por 24 semanas de quimioterapia.
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Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus
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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019
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O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado
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Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras
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Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)
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Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino
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Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal
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O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)
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O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas
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A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor
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A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino
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Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana
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Aqueles que receberam a quimioterapia antes da cirurgia tiveram uma probabilidade significativamente menor de ter um novo diagnóstico nos dois anos seguintes, em comparação com os demais.
“O tempo é tudo quando se trata de tratar o câncer de cólon. O simples ato de antecipar a quimioterapia, administrando-a antes e não depois da cirurgia, produz alguns resultados notáveis”, pontuou o professor Matthew Seymour, que participou da pesquisa.
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