1 de 1 Couple Eating Lunch with Fresh Salad and Appetizers
- Foto: Dreamer Company/istock
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Bergen, na Noruega, mostra novas evidências de que a fórmula para uma vida longa está na alimentação. Em um artigo publicado nessa terça-feira (8/2), na revista acadêmica PLOS Medicine, os cientistas sugerem cinco mudanças simples nos hábitos alimentares que podem aumentar a expectativa de vida em mais de 10 anos.
Os pesquisadores montaram um modelo que permite estimar a expectativa de vida da população a partir de mudanças na dieta, baseadas em meta-análises de dados do estudo Carga Global de Morbidade – que trata da mortalidade e da incapacitação causadas por 107 doenças e 10 fatores de risco.
Veja na galeria lista de dietas para comer de maneira mais saudável:
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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso
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Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares
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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
Dose Juice/Unsplash
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Dieta MIND – Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações
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Dieta TLC – Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso
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Dieta Nórdica – Como o nome sugere, a dieta é baseada na culinária de países nórdicos e dá bastante enfoque ao consumo de peixes (salmão, arenque e cavala), legumes, grãos integrais, laticínios, nozes e vegetais, além de óleo de canola no lugar do azeite. Segundo a OMS, o regime reduz o risco de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares
David B Townsend/Unsplash
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Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética
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Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências
Ola Mishchenko/Unsplash
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Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio
Rui Silvestre/Unsplash
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Dieta Asiática – O continente é enorme, mas há traços comuns na gastronomia de toda a região. Uma ONG de Boston definiu uma pirâmide alimentar baseada nos costumes orientais: vegetais, frutas, castanhas, sementes, legumes e cereais integrais, assim como soja, peixe e frutos do mar são muito usados, enquanto laticínios, ovos e outros óleos podem ser consumidos em menor frequência. A dieta pede também pelo menos seis copos de água ou chá por dia, e saquê, vinho e cerveja podem ser degustados com moderação
Sharon Chen/Unsplash
Os maiores ganhos são obtidos adicionando leguminosas (como lentilhas, grão-de-bico e feijão), grãos integrais (cereais do trigo integral, quinoa e aveia integral, por exemplo) e nozes (amêndoas, castanha-do-pará, nozes) à dieta.
Também foram incluídas entre as dicas dos pesquisadores, consumir menos carne vermelha e diminuir a quantidade de embutidos, como presunto, salsicha, linguiça e bacon. Cada uma dessas mudanças na dieta pode acrescentar, em média, dois anos à expectativa de vida.
“Compreender o potencial relativo de saúde de diferentes grupos de alimentos pode permitir que as pessoas obtenham ganhos de saúde viáveis e significativos”, escreveu o autor do estudo, Lars Fadnes.
Quanto mais cedo esses hábitos são alterados mais anos podem ser adicionados ao fim da vida, mas os idosos também devem se beneficiar, afirmam os pesquisadores.
Benefícios em todas as idades
Para adultos jovens, com cerca de 20 anos, o modelo estima que a mudança sustentada de uma dieta típica ocidental para a dieta sugerida aumentaria a expectativa de vida em mais de uma década para as mulheres (10,7 anos) e em 13 anos para os homens.
Aos 60 anos, elas podem aumentar a expectativa de vida em 8 anos para mulheres e 8,8 para homens. Aos 80 anos, pode-se ganhar 3 anos ao fim da vida.
“As pesquisas até agora mostraram benefícios à saúde associados a grupos de alimentos separados ou padrões de dieta específicos, mas forneceram informações limitadas sobre o impacto na saúde de outras mudanças na dieta. Nossa metodologia de modelagem preencheu essa lacuna”, afirmou Fadnes.
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