“Quem sabe não salvamos vidas”, diz voluntária da vacina do coronavírus
Maria das Dores Rodrigues foi a última voluntária no segundo dia do estudo clínico feito no HUB
atualizado
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A última voluntária a tomar a vacina experimental Coronavac, contra a Covid-19, sendo testada no Hospital Universitário de Brasília (HUB), a enfermeira Maria das Dores Rodrigues, conta que participar desse processo é gratificante e uma forma de contribuir para a cura. “Quem sabe a gente consegue salvar vidas. É uma maneira de ajudar e dizer que as pessoas podem ter esperança para combater esse vírus”, diz.
Ela explica que o principal incentivador para que ela participasse do estudo clínico que testa a vacina no Distrito Federal foi seu filho, que é estudante de farmácia e deve escrever sua tese de conclusão de curso justamente sobre a Covid-19.
Maria das Dores foi a última dos primeiros 10 profissionais de saúde que se voluntariaram para participar do estudo clínico da vacina contra o novo coronavírus. Só nesta quinta (6/8), cinco pessoas receberam a injeção, que pode ser da vacina ou de um placebo. Todos receberão uma segunda dose em duas semanas, e serão acompanhados por um ano.
Agora, uma equipe do Butantan, centro responsável pela pesquisa, irá avaliar os dois dias de testes para refinar o processo – alguns participantes chegaram a ficar cinco horas fazendo testes antes de receber a injeção. A partir dessa avaliação, a equipe deve abrir as inscrições para os outros 842 voluntários que participarão do estudo nos próximos dois meses.