Quem é a psicóloga que ajuda medalhista Rebeca Andrade a se preparar
Aline Wolff é a coordenadora de preparação mental do Comitê Olímpico do Brasil e trabalha com Rebeca há mais de 10 anos
atualizado
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Após a consagração nas Olímpiadas de Paris, a medalhista olímpica Rebeca Andrade tem reforçado em entrevistas a importância da preparação mental para enfrentar as competições esportivas.
Durante os dias de apresentação, além do desempenho físico impecável, a atleta chamou a atenção por manter uma postura serena apesar de toda pressão que a circundava.
Em entrevista ao “Jornal Nacional”, Rebeca elogiou o trabalho feito pela psicóloga Aline Wolff, que a acompanha há mais de dez anos.
“A minha preparação foi na conversa. Converso muito com a minha psicóloga, tento cuidar ao máximo da minha cabeça e do meu corpo para criar um equilíbrio para que consiga fazer as minhas apresentações bem tranquila, sem pressão, e sem a obrigação de voltar para casa com medalhas. Faço porque amo, mas não me sinto pressionada”, disse.
A ginasta destacou que se mantém tranquila durante as provas porque considera que está fazendo apenas seu trabalho, isolando as expectativas de outras pessoas. “Acho que é por isso que falam que pareço tão tranquila. Estou ali fazendo meu trabalho, assim como qualquer outro ser humano que tem um emprego. Eu me esforcei ao máximo para conseguir esses resultados e estou muito feliz que deu tudo certo. Sou muito grata a Aline, que é a minha psicóloga, por essas conquistas”, declarou.
Quem é a psicóloga responsável por manter a medalhista tranquila
Aline Wolff é coordenadora de preparação mental oficial do Comitê Olímpico do Brasil desde 2013. Antes de assumir a função, ela já era preparadora de Rebeca no Flamengo.
Nas Olímpiadas de Tóquio, quando Rebeca trouxe para casa duas medalhas, Aline já tinha chamado atenção da torcida brasileira. Na ocasião, as redes foram invadidas por memes pedindo o contato da psicóloga de Rebeca.
Em entrevista anterior ao jornal Folha de S. Paulo, Wolff comentou que tem uma visão mais moderna sobre o esporte de alto rendimento. Para ela, o modelo de “sangue, suor e lágrimas” está caindo em desuso, pois o atleta não é apenas uma máquina de competição.
“A medalha não garante felicidade. Isso tem que vir ao longo do processo. As pessoas precisam estar bem para render, o que contraria o modelo mais mecanicista em que tudo tem que ser muito duro e difícil. Quanto mais os atletas são inteiros e felizes, mais os resultados virão”, afirmou Wolff.
Em seu instagram, a preparadora afirma que os atletas que cuidam da saúde mental possuem maior probabilidade de alcançar um bom desempenho e de mantê-lo por mais tempo. “Atletas que têm boa saúde mental são mais propensos a se recuperar de lesões e a manter o desempenho consistente ao longo do tempo. Eles têm maior probabilidade de tomar decisões saudáveis e manter um estilo de vida equilibrado, incluindo alimentação adequada, descanso e sono suficientes”, afirma a psicóloga.
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