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Quarta onda de Covid? Entenda atual situação da pandemia no Brasil

Novos casos e hospitalizações foram registrados em todas as regiões do país; cenário aumentou temores sobre a possibilidade de nova onda

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Aglomeração na Estação da Luz em São Paulo
1 de 1 Aglomeração na Estação da Luz em São Paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Novo aumento de casos de Covid-19 e hospitalizações provocadas pela doença foi observado em todas as regiões do país na última semana, como mostrou o recente boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Com a maior circulação do coronavírus após um período de queda consistente, surge o questionamento: estamos entrando em nova onda da pandemia?

O pesquisador da Fiocruz Leonardo Bastos afirma que os números indicam o “início de uma possível onda”, que ainda pode ser evitada. “Se não encararmos este momento como um alerta, podemos ver uma disparada de casos e, aí sim, poderemos viver uma nova onda”, assinala.

De acordo com o pesquisador, é esperado que os números voltem a crescer, uma vez que a Covid-19 é uma doença viral respiratória não controlada. Um cenário semelhante é visto em outros países, como os Estados Unidos, onde foram registrados cerca de 100 mil casos por dia na última semana. No Brasil, a quantidade de novos casos oscilou ao redor de 30 mil no mesmo período.

“O aumento é visto com preocupação. Mesmo com uma cobertura vacinal razoável, temos uma população em que a vacina é menos efetiva – pessoas acima de 80 anos ou imunossuprimidas – e ainda temos a Covid longa”, destaca Bastos.

Reflexo do fim das medidas de proteção

O neurocientista Miguel Nicolelis alertou, na quinta-feira (26/5), em seu perfil do Twitter, para a possibilidade de nova onda. Segundo o profissional, uma conjunção de fatores explica por que os casos estão crescendo: as medidas de contenção da transmissão do vírus foram eliminadas, a janela de imunidade criada pelas vacinas está acabando, e novas variantes do coronavírus estão em circulação.

“Este é um dos momentos de maior risco da pandemia”, afirmou.

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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes.  O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

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Retorno das máscaras

O último boletim InfoGripe mostrou que a Covid-19 voltou a ser a principal causa de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país.

Com o avanço dos casos, alguns municípios brasileiros voltaram a recomendar o uso de máscaras, e escolas estão pedindo que os estudantes usem o item de proteção.

O pesquisador Leonardo Bastos avalia que a recomendação é acertada, especialmente em ambientes fechados, dentro do transporte público e em lugares onde há pouca ventilação.

“Estamos lidando com uma doença de transmissão área. Portanto, máscaras de boa qualidade são fundamentais para prevenir a transmissão, seja evitando que uma pessoa infectada passe o vírus para outros ou que uma pessoa se infecte”, explica.

Outras formas de evitar a nova onda

A vacinação completa (com todas as doses indicadas para cada grupo) continua sendo a principal maneira de reduzir consideravelmente o risco de hospitalizações e óbitos provocados pela infecção do coronavírus.

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