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Saiba quantas vezes por semana se exercitar para evitar demência

Ao analisarem dados de 75 mil pessoas, cientistas chineses perceberam frequência necessária para diminuir risco de demência e outras doenças

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Dois homens e uma mulher correndo na rua - Metrópoles - joelho
1 de 1 Dois homens e uma mulher correndo na rua - Metrópoles - joelho - Foto: Getty Images

Uma boa notícia para quem vive espremido pela agenda de compromissos. É possível garantir parte dos benefícios proporcionados pelas atividades físicas se exercitando apenas aos fins de semana.

Ao analisarem dados de 75 mil britânicos, cientistas da Universidade Normal de Hangzhou, na China, perceberam que os “atletas de fim de semana” conseguiram diminuir os riscos de apresentar demência, derrame e Parkinson a níveis comparáveis aos de quem era mais assíduo na academia. O estudo foi publicado nesta quarta-feira (21/8) na revista Nature Aging.

Como o estudo foi feito

Os voluntários estavam divididos em três grupos: 33% deles foram considerados inativos, 28% praticavam exercícios regularmente e 39% eram “atletas de fim semana” – conseguiam malhar ao menos 150 minutos por semana concentrando 50% das atividades em dois dias.

Durante o período de 8 anos analisado,  530 pessoas foram diagnosticadas com demência, 1.468 passaram por derrames e 319 apresentaram Parkinson. Quando comparados aos sedentários, os “atletas de fim de semana” reduziram o risco de sofrer demência, derrame e Parkinson, bem como transtornos depressivos e ansiedade, em padrões semelhantes aos que eram assíduos na academia.

Segundo os cientistas, as “descobertas destacam o padrão atleta de de fim de semana como uma alternativa potencial de estratégias de intervenção preventiva, especialmente para aqueles incapazes de manter rotinas de atividades diárias”.

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
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O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais

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Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes

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O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos

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Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição

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O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais

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As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem

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A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil

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Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas

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Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência

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Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência

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Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo

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Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência

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Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas

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Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização

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Pesquisa brasileira

Um estudo parecido realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) chegou a conclusões parecidas. Ao analisar informações de saúde de 350 mil norte-americanos, os pesquisadores apontaram não haver diferença significativa nas taxas de mortes entre os que se exercitavam regularmente e os que concentravam seus exercícios no fim de semana.

Em entrevista anterior à Agência Einstein, o professor da Unifesp Leandro Rezende, um dos autores do estudo, afirmou que manter a quantidade de tempo destinada aos treinos é importa mais do que o número de vezes nas quais se está na academia.

“Observamos que tanto faz se a atividade física é espalhada ou concentrada, o que importa mais é o volume total de atividade moderada ou vigorosa realizada na semana” afirmou Leandro Rezende. “Para o mesmo volume de atividade física semanal, os dois grupos alcançam os mesmos benefícios, o que muda é a frequência da atividade, e isso pode ajudar as pessoas a aderirem à atividade física”, completou.

Recomendação da OMS

A OMS recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de moderada intensidade por semana (ou atividade física vigorosa equivalente) para todos os adultos, e uma média de 60 minutos de atividade física aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes.

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