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Quando os médicos consideram que o paciente com câncer está curado?

Câncer é uma doença cada vez mais comum e, com o avanço da medicina e novas possibilidades de tratamento, muitas vezes pode ser curado

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Melanoma cancer no microscopio
1 de 1 Melanoma cancer no microscopio - Foto: PansLaos/GettyImages

De acordo com dados do Instituto do Câncer (Inca), em 2022, cerca de 330 mil pessoas serão diagnosticadas com alguma neoplasia. Cada vez mais comum, o câncer pode aparecer em várias partes do corpo e com diferentes gravidades, mas os métodos de tratamento evoluíram muito nos últimos anos — e, hoje, a maioria dos pacientes pode vislumbrar uma vida sem câncer. Mas será que é possível estar 100% livre da doença?

O oncologista Rafael Kaliks, diretor científico do Oncoguia, explica que, em medicina, não existe 100% nem 0%, sempre ou nunca. Mas, conceitualmente, os pacientes podem, sim, estar completamente curados de vários tipos de câncer. “A probabilidade é altíssima, mas não existe uma garantia absoluta. Existe uma estatística para cada tipo de tumor, dependendo do estágio da doença, do tratamento utilizado”, conta.

Mulheres com câncer de mama, por exemplo, que apresentam tumor de 1,5 cm, de baixo grau, que não têm comprometimento da axila, que tem receptor hormonal positivo e recebem hormonioterapia após operado, podem ter probabilidade de 99% de cura. “Não podemos afirmar que seja 100%, porque ainda existe uma pequena possibilidade de recidiva”, diz o oncologista.

Kaliks ensina que, quanto mais tempo passa do diagnóstico sem evidência de recidiva, maior a probabilidade que o paciente esteja curado. Porém, esse tempo depende do tipo de tumor e do órgão no qual ele surgiu. “Alguns a gente fala em 3, 5, 10 anos. Mas outros nunca vão ser considerados curados, como o linfoma folicular, por exemplo, que é uma doença hematológica, maligna, de baixo grau e que, embora a gente controle, não será curada. Via de regra, em algum momento, vai acontecer uma nova manifestação da doença”, explica.

No caso dos tipos de câncer que não desaparecem mas passam a ser tratados como doença crônica, o médico considera que, eventualmente, o tumor sairá de controle e oferecerá risco para o paciente. Por isso, ele deve ser acompanhado por um oncologista.

Se o paciente recebe alta, precisa de acompanhamento?

Muitos pacientes oncológicos, depois do tratamento, quando o câncer não reaparece dentro da janela esperada, recebem alta. Mesmo sem 100% de certeza de cura, Kaliks ensina que não é necessário continuar o acompanhamento com oncologista.

“Se só tiver 1%, 2% de chance de voltar a se manifestar, a probabilidade é tão baixa que o seguimento não teria tanto impacto e o paciente não necessariamente viveria mais tempo com esse novo diagnóstico feito precocemente”, conta o médico. Nos casos de câncer de mama, por exemplo, a paciente continuará a fazer acompanhamento comum com ginecologista em exames de rotina, mas não precisará voltar ao oncologista todo ano.

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Extremamente comum no país, o câncer de pele é caracterizado pelo aparecimento de tumores na pele em formato de manchas ou pintas com formatos irregulares. Relacionada à exposição prolongada ao sol, exposição a câmeras de bronzeamento artificial ou por questões hereditárias, a doença pode ser tratada através de cirurgias, radioterapia e quimioterapia
O câncer de mama é causado pela multiplicação descontrolada de células na mama. Apesar de ser comum em mulheres, a enfermidade também pode acometer homens. Entre os sintomas da doença estão: dor na região da mama, nódulo endurecido, vermelhidão, inchaço e secreção sanguinolenta. O tratamento envolve cirurgia para retirada da mama, quimio, radioterapia e hormonioterapia
Mais frequente em homens, o câncer de próstata apresenta os seguintes sintomas: sangue na urina, dificuldade em urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia e a demora em começar e terminar de urinar. Cirurgia e radioterapia estão entre os tratamentos da doença
Embora possa estar relacionado com hipertireoidismo, tabagismo, alterações dos hormônios sexuais e diabetes, por exemplo, o câncer de tireoide ainda não é bem compreendido por especialistas. Apesar disso, tratamentos contra a doença envolvem terapia hormonal, radioterapia, iodo radioativo e quimioterapia, dependendo do caso
O câncer de pulmão é um dos tipos com maior incidência no Brasil. Relacionado ao uso ou exposição prolongada ao tabagismo, tem como principais sintomas a falta de ar, dores no peito, pneumonia recorrente, bronquite, escarro com sangue e tosse frequente. A doença é tratada com quimioterapia, radioterapia ou/e cirurgia
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer, para cada ano do triénio 2020/2022 serão registrados cerca de 625 mil casos da doença no Brasil

Science Photo Library - STEVE GSCHMEISSNER, Getty Images
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Extremamente comum no país, o câncer de pele é caracterizado pelo aparecimento de tumores na pele em formato de manchas ou pintas com formatos irregulares. Relacionada à exposição prolongada ao sol, exposição a câmeras de bronzeamento artificial ou por questões hereditárias, a doença pode ser tratada através de cirurgias, radioterapia e quimioterapia

miriam-doerr/istock
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O câncer de mama é causado pela multiplicação descontrolada de células na mama. Apesar de ser comum em mulheres, a enfermidade também pode acometer homens. Entre os sintomas da doença estão: dor na região da mama, nódulo endurecido, vermelhidão, inchaço e secreção sanguinolenta. O tratamento envolve cirurgia para retirada da mama, quimio, radioterapia e hormonioterapia

SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images
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Mais frequente em homens, o câncer de próstata apresenta os seguintes sintomas: sangue na urina, dificuldade em urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia e a demora em começar e terminar de urinar. Cirurgia e radioterapia estão entre os tratamentos da doença

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Embora possa estar relacionado com hipertireoidismo, tabagismo, alterações dos hormônios sexuais e diabetes, por exemplo, o câncer de tireoide ainda não é bem compreendido por especialistas. Apesar disso, tratamentos contra a doença envolvem terapia hormonal, radioterapia, iodo radioativo e quimioterapia, dependendo do caso

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O câncer de pulmão é um dos tipos com maior incidência no Brasil. Relacionado ao uso ou exposição prolongada ao tabagismo, tem como principais sintomas a falta de ar, dores no peito, pneumonia recorrente, bronquite, escarro com sangue e tosse frequente. A doença é tratada com quimioterapia, radioterapia ou/e cirurgia

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No Brasil, o carcinoma epidermoide escamoso tem a maior incidência entre os canceres de estômago. Os tratamentos envolvem cirurgia ou radioterapia e quimioterapia

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O câncer de estômago é diagnosticado após a identificação de tumores malignos espalhados pelo órgão e que podem aparecer como úlceras. Relacionado à infecções causadas por Helicobacter Pylori, pela presença de úlceras e de gastrite crônica não cuidada, por exemplo, a doença pode causar vômito com sangue ou sangue nas fezes, dor na barriga frequente e azia constante

Smith Collection/Gado/ Getty Images
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O câncer de colo de útero tem como sintomas sangramento vaginal intermitente, dor abdominal relacionada a queixas intestinais ou urinárias e secreção vaginal anormal. O tratamento envolve quimio, radioterapia e cirurgia

Science Photo Library/GettyImages
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O câncer de boca é uma doença que envolve a presença de tumores malignos nos lábios, gengiva, céu da boca, língua, bochechas e ossos. É mais comum em homens com mais de 40 anos e tem como sintomas feridas na cavidade oral, manchas na língua e nódulos no pescoço, por exemplo. O tratamento envolve cirurgia, quimio e radioterapia

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