Cientistas descobrem quando colesterol bom pode se tornar prejudicial
Pesquisadores investigam o papel de certas propriedades do HDL, conhecido como colesterol bom, na saúde cardíaca
atualizado
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Pesquisadores do Hospital Metodista de Houston, nos Estados Unidos, descobriram que altas concentrações de um composto presente no HDL, também conhecido como colesterol bom, podem estar associadas a uma maior prevalência de doenças cardiovasculares.
Estudos pré-clínicos feitos pela equipe indicaram que o HDL com alta concentração de colesterol livre é provavelmente disfuncional, o que pode contribuir para o aumento do risco de doenças cardiovasculares. O achado será publicado na primeira edição de 2025 do Journal of Lipid Research.
O cardiologista Henry J. Pownall, principal autor do estudo, explica que cada tipo de colesterol (HDL ou LDL) tem duas formas: o colesterol livre, que é ativo e envolvido em funções celulares, e o colesterol esterificado, que é mais estável e pronto para ser armazenado no corpo.
“Durante exames de rotina, os adultos têm seus níveis de colesterol testados, o que inclui tanto o colesterol ‘ruim’ (LDL) quanto o ‘bom’ (HDL). Nem todo colesterol nasce igual, no entanto”, afirmou Pownall, em comunicado à imprensa.
“Colesterol livre em excesso, mesmo que esteja em HDL, pode contribuir para doenças cardíacas”, aponta o médico.
Um estudo clínico com 400 pacientes tentará reunir mais evidências sobre o assunto. Os pesquisadores acreditam que a descoberta contribuirá para o desenvolvimento de novos tratamentos para controlar doenças cardíacas.
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