Pomada modeladora: saiba quais substâncias podem causar queimaduras
Conselho Brasileiro de Oftalmologia emitiu alerta sobre 2 substâncias que estão em pomadas proibidas e que são responsáveis pelos problemas
atualizado
Compartilhar notícia
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) emitiu, nessa sexta-feira (29/12), um alerta à população sobre a importância de evitar o uso de algumas pomadas modeladoras para cabelos. Os produtos voltaram a chamar atenção na última semana, após o número de pacientes com complicações oculares ter aumentado muito no Rio de Janeiro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também proibiu a comercialização de mais 1.266 fórmulas.
Quando escorrem para os olhos, as pomadas podem provocar dor e irritação nos olhos, inchaço nas pálpebras e até cegueira temporária. Normalmente, os sintomas aparecem quando o paciente toma banho, ou mergulha na piscina ou mar — a água se mistura com a pomada e escorre para os olhos.
A CBO afirma que fórmulas que contam com metilcloroisotiazolinona (MCI) e metilsotiazolinona (MI) são uma ameaça à visão.
“Esses conservantes contêm elementos tóxicos à pele e mucosas, podendo causar alergias e queimaduras nos olhos e na pele, além de toxicidade pulmonar e neurotoxicidade. Nos olhos, estes compostos químicos podem provocar blefarites (inflamações das pálpebras), conjuntivites (inflamação da conjuntiva) e ceratites (úlceras de córnea), bem como o grave comprometimento da visão”, afirma a entidade, em nota.
A orientação é que o usuário busque as substâncias no rótulo do produto e evite o uso se as encontrar. Se insistir na aplicação, a pomada não deve ser usada em áreas próximas aos olhos, e é essencial ficar atento à possibilidade de o produto escorrer quando em contato com água ou suor.
Se perceber qualquer sintoma, a recomendação é lavar imediatamente a região com soro fisiológico e procurar atendimento médico urgente, de preferência com um oftalmologista.
Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!