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Além da hemorragia: saiba quais são os sintomas da dengue grave

Sintoma mais característico da forma grave da doença é o sangramento, mas ele não é o único indicador de piora da dengue

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Imagem colorida mostra Mosquito Aedes Aegypti pousado em uma pele branca. O inseto é preto e tem pintas brancas -Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Mosquito Aedes Aegypti pousado em uma pele branca. O inseto é preto e tem pintas brancas -Metrópoles - Foto: Getty Images

A dengue pode evoluir para grave em qualquer pessoa infectada, mas isso é mais comum quando o paciente já teve outro tipo de dengue anteriormente. Segundo o Ministério da Saúde, a letalidade da doença é baiza, mas quando a enfermidade evolui, as chances de óbito aumentam cem vezes.

Os casos de dengue grave costumam estar associados a hemorragias. Os sangramentos do nariz, das gengivas e a presença de sangue nas fezes e na urina são apontados como os mais característicos de casos graves, mas não são obrigatórios.

“As pessoas devem estar atentas à evolução dos sintomas. Entre o terceiro e o sétimo da doença, é esperado que a febre e as dores musculares diminuam até acabarem. Entretanto, se elas seguem aumentando, o quadro pode estar piorando”, diz o infectologista Leonardo Kalab, do Hospital Samaritano Barra, do Rio de Janeiro.

Saiba quais são os sinais de agravamento da dengue:

  • Sangramentos no nariz ou gengivas;
  • Dor na barriga intensa e contínua;
  • Vômitos persistentes;
  • Acúmulo de líquidos na barriga;
  • Alteração da pressão arterial;
  • Confusão mental (mudança no nível de consciência, letargia e/ou irritabilidade);
  • Aumento súbito do tamanho do fígado;
  • Alteração nos exames sanguíneos.

“A identificação precoce dos sintomas da dengue grave é importante para a implantação de medidas de tratamento adequadas e, consequente, redução de óbitos associados”, completa o infectologista.

Os infectologistas alertam que, muitas vezes, os pacientes não conseguem perceber que o quadro está evoluindo mal. A recomendação é que, ao notar qualquer um dos sintomas acima, o paciente busque o atendimento médico emergencial.

O tratamento adequado nas primeiras horas após o início de um quadro grave é determinante para evitar a morte do paciente.

“A dengue grave ocorre quando a infecção ataca as células responsáveis pela coagulação sanguínea, o que facilita a formação de hemorragias internas e externas, complicando muito o tratamento”, explica o infectologista Antonio Bandeira, consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

Quem tem mais risco de ter dengue grave?

Alguns grupos têm maior risco de sofrer dengue grave:

Idosos, mulheres grávidas ou que estejam amamentando, crianças de até 2 anos e pessoas que possuem doenças crônicas, como diabetes e pressão alta, correm maior risco de evoluir para quadros graves.

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses 
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas

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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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Ter tido dengue antes aumenta chances de ter dengue grave?

A dengue possui quatro sorotipos diferentes. Uma vez infectada, a pessoa ganha imunidade permanente contra aquele sorotipo, mas os mesmos anticorpos que a curaram no primeiro caso acabam atrapalhando no combate aos outros sorotipos.

Ao entrar em contato com um novo sorotipo, o corpo volta a produzir os anticorpos contra a versão do vírus que já conhece, o que atrapalha a estratégia de defesa contra o novo vírus.

Até o corpo entender que está produzindo defesas inúteis, o vírus consegue se reproduzir mais no corpo e, eventualmente, atacar as plaquetas, que são as células responsáveis pela coagulação sanguínea. Nem sempre, porém, os casos mais graves aparecem apenas depois de um diagnóstico anterior.

“É possível ter casos graves já na primeira infecção. Para piorar, é frequentemente não manifestar sintomas na primeira vez, então é difícil sabermos quantas vezes já fomos atingidos”, explica o infectologista Leonardo Weissmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (SP).

Que remédios aumentam risco de dengue grave?

Como a forma grave da dengue costuma aparecer quando a doença ataca as plaquetas, é muito importante evitar remédios que debilitem a ação destas mesmas células.

“Não se pode tomar nem o ácido acetilsalicílico, o AAS, nem outros anti-inflamatórios não-hormonais, como o ibuprofeno, devido ao risco aumentado de eles gerarem complicações hemorrágicas”, detalha Weissmann.

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