Dengue: conheça os sintomas mais comuns da infecção
Médico alerta que a dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença, pode ser fatal. Tratamento é feito basicamente com manejo dos sintomas
atualizado
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Nas primeiras duas semanas de 2024, os casos de dengue triplicaram em algumas partes do Brasil — no DF, as consultas de pacientes com suspeita da doença subiram 1.261% em relação ao ano anterior. A governadora em exercício, Celina Leão (PP), afirma que a capital federal vive uma crise.
A dengue é uma infecção viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A doença pode variar de leve a grave e os sintomas podem ser diferentes em alguns casos. Ela começa a se manifestar entre quatro e 10 dias depois da picada do mosquito infectado.
Segundo o médico Christian Aguiar, que atende no Rio de Janeiro, existem três formas principais de dengue: infecção sem sintomas, a clássica e a forma hemorrágica. A última pode ser fatal devido ao dano e possível falência de órgãos.
“Um pequeno percentual de pessoas infectadas pode desenvolver uma forma mais grave da doença conhecida como dengue hemorrágica ou síndrome do choque da dengue. São emergências médicas que podem ser fatais se não tratadas adequadamente”, alerta Aguiar.
Os sintomas principais da dengue são:
- Febre alta repentina;
- Fortes dores de cabeça;
- Dor atrás dos olhos;
- Fadiga e cansaço;
- Náusea e vômito;
- Dor muscular e nas articulações;
- Erupção cutânea, que pode aparecer alguns dias após a febre;
- Pequenos pontos de sangue sob a pele ou hematomas.
Quando procurar ajuda
“É recomendável procurar atendimento médico assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas da infecção, principalmente se a pessoa vive em ou viajou para uma área com conhecida transmissão da doença”, orienta Aguiar.
Tratamento ideal
Uma vez que não há um medicamento específico para combater o vírus, o tratamento da dengue é realizado a partir do suporte e manejo dos sintomas. Hidratação, controle da febre, repouso, monitoramento e internação, quando necessária, são imprescindíveis para a melhora do paciente infectado.
Prevenção da dengue
Controlar e combater o mosquito infectado pode ter impacto direto no número de casos da dengue. Medidas simples, como eliminar recipientes que acumulam água parada, limpar regularmente quintais e terrenos, utilizar telas de proteção em janelas e portas, e utilizar repelentes são ações essenciais para reduzir a proliferação do mosquito.
O médico Marco César Roque, da Clínica Salus Imunizações, aponta que, além disso, a vacinação contra a dengue merece destaque como prevenção. “O imunizante oferece proteção contra os diferentes sorotipos do vírus e pode contribuir significativamente para a redução da incidência e gravidade da doença. A imunização em massa, aliada às medidas de controle do vetor, é uma estratégia eficaz para combater a dengue e prevenir epidemias”, enfatiza.
O Ministério da Saúde divulgou, nesta segunda (15/1), que a vacinação deve priorizar pessoas de 6 a 16 anos em um primeiro momento. A estratégia de imunização deve começar no início de fevereiro.
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