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Saiba quais são os 3 graus de autismo e o que cada um significa

É a necessidade de apoio o que define o grau de autismo, e não os sintomas da condição. Saiba como diferenciá-los

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Foto mostra criança montando quebra cabeças com as cores do autismo
1 de 1 Foto mostra criança montando quebra cabeças com as cores do autismo - Foto: Getty Images

O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição que acomete de 2 a 3% da população e compromete a socialização, linguagem e interesse de indivíduos em três graus diferentes: leve, moderado e severo. Mas como é feita essa diferenciação?

Os graus do autismo não são definidos a partir da capacidade do paciente, e sim pela necessidade de suporte. Porém, como o próprio nome diz, trata-se de um espectro e há pessoas que transitam nas fronteiras entre graus a depender do momento da vida e do tratamento ao qual estão submetidas.

“Se tornam célebres casos em que o autista tem mais necessidade de apoio e também de auto-regulação e auto-estimulação, se tocando e se movendo de forma mais repetitiva. Mas há muitos casos sutis que inclusive são difíceis de diagnosticar”, explica o psiquiatra Alexandre Valverde, ele mesmo diagnosticado aos 42 anos com o grau mais leve de autismo.

A definição em graus é útil?

A definição em graus, porém, está passando por revisões médicas e deve ser usada com critério para não acabar reforçando preconceitos contra a comunidade.

“A gente precisa de um critério diagnóstico para ser entendido entre as diferentes áreas. Então, quando falo para uma fonoaudióloga que tenho um paciente autista, ela vai ter a mesma definição que eu, o médico e o psiquiatra, temos”, explica a psicóloga Lívia Bomfim, especialista em Análise do Comportamento Aplicada ao autismo e supervisora da healthtech Genial Care. Ela está ajudando a elaborar uma versão mais moderna dos três graus possíveis de autismo.

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Grau 1: autismo leve

São pessoas autônomas em seu dia a dia e que muitas vezes podem nem perceber que possuem a condição, suavizando os sinais de forma involuntária. Os autistas de grau 1, porém, costumam ser mais adeptos à rotina e ter um pensamento fechado. Resistem a iniciar interações sociais, a trocar olhares e são focados em si mesmos.

Grau 2: autismo moderado

Nestes casos, a condição já é mais evidente, e o indivíduo necessita de apoio no dia a dia e terapias direcionadas. Geralmente são diagnosticados ainda na infância por sua dificuldade de socializar, podendo ter atraso de fala ou se comunicar de forma desconexa. Com um acompanhamento correto, porém, podem ter um funcionamento regular da vida e até ter certa independência.

Grau 3: autismo severo

Precisam de apoio constante. Alguns sequer desenvolvem a capacidade de comunicação verbal. Tendem ao isolamento e a uma forte fixação em objetos de interesse. Podem ser agressivos, a si ou aos outros, em momentos de estresse. Mesmo com acompanhamento terapeutico, têm pouca autonomia e podem, inclusive, chegar a ser considerados juridicamente incapazes.

Apesar dos graus com características específicas, é possível que o acompanhamento médico e a socialização ajudem a pessoa a caminhar no espectro, passando de níveis moderados a leves, por exemplo. Os tratamentos são mais efetivos quando adotados na infância.

“Pessoas com autismo são seres humanos variados e fluidos. Elas precisam de tipos de suportes diferentes dentro das habilidades que executam”, conclui Lívia.

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