1 de 1 Foto de um mosquito Aedes aegypti em cima de uma pele humana- Metrópoles
- Foto: Joao Paulo Burini/ Getty Images
Picadas de pernilongo não são democráticas: algumas pessoas percebem a presença dos mosquitos e acabam se coçando antes dos outros. Existem algumas explicações para esta preferência, e a ciência tem avançado em desvendá-la.
Os mosquitos são atraídos pelo cheiro. Todos temos odores de suor que são diferentes e impactados pelas secreções da pele, os produtos finais das sínteses microbianas ou mesmo pela forma como os perfumes e maquiagens se aliam ao aroma natural.
Ainda não se sabe exatamente quais são todos os cheiros que chamam os mosquitos, mas os ácidos lático e úrico, além da amônia, são especialmente mais atrativos. Se você tem sido escolhido pelos insetos, provavelmente seu corpo secreta mais destas substâncias.
Existe sangue doce?
Alguns trabalhos já sugeriram, de maneira inicial, que pessoas de sangue tipo O tendem a ser mais picadas por mosquitos. Pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul indicaram em uma cartilha que essa preferência pode estar ligada ao fato que o sangue O é dominante no sul da Ásia, local de origem dos insetos.
Pesquisas científicas mais recentes, no entanto, mostraram que conforme o mosquito se espalhou pelo mundo, a predileção diminuiu ou mesmo desapareceu.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
Joao Paulo Burini/Getty Images
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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Mosquitos sentem cheiro?
O que os repelentes fazem é mascarar os odores naturais do organismo, especialmente o suor, para confundir os mosquitos. O cérebro dos insetos, porém, não capta apenas aromas, mas também identifica sabores — escapando dos cheiros mais repugnantes para eles, como o cítrico dos repelentes.
Os pernilongos têm um complexo sistema de sensores que inclui três pares de “narizes”, duas antenas, dois palpos (órgão bucal com função sensorial) e dois labelos (regiões de neurônios na ponta da tromba sugadora, chamada de probóscide).
O neurocientista Christopher Potter, do Hospital Johns Hopkins, nos Estados Unidos, é um dos mais importantes pesquisadores do olfato destes insetos. “Esta pode ser uma forma de combater os mosquitos, impedindo o espalhamento de várias doenças, da dengue à malária”, diz ele.
Apenas fêmeas sugam sangue, pois precisam dele para produzir seus ovos. É pelo olfato que a “mosquita” consegue identificar a espécie do animal próximo e se ela é capaz de picá-lo: a ausência de pelos em humanos nos torna particularmente sensíveis aos ataques.
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