Pular o café da manhã pode engordar pessoas na meia-idade, diz estudo
Estudo com adultos na meia-idade mostra que aqueles que pulam o café da manhã ou fazem uma refeição pequena tendem a ter o IMC mais alto
atualizado
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O jejum intermitente é uma das dietas mais populares da atualidade. A estratégia alimentar ganhou fama por estar associada a uma perda de peso substancial em curtos períodos de tempo. No entanto, um novo estudo mostra que o jejum pode ter efeito oposto em pessoas de meia-idade.
De acordo com cientistas do Instituto de Pesquisa do Hospital del Mar, em Barcelona, na Espanha, as pessoas que pulam o café da manhã ou fazem uma refeição pequena, em vez de um desjejum saudável e substancial, tendem a ganhar mais peso em comparação às que se alimentam de maneira mais completa.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que um indivíduo adulto saudável deve consumir entre 2 mil e 2,4 mil calorias por dia. Um café da manhã saudável deve representar entre 20% e 30% dessa ingestão diária de calorias.
Relação entre café da manhã e peso
O estudo espanhol foi feito a partir de um experimento com aproximadamente 380 adultos na meia-idade com diagnóstico de síndrome metabólica. A condição é caracterizada por um conjunto de três ou mais diagnósticos médicos, como pressão alta, excesso de gordura na região da barriga, açúcar elevado no sangue e níveis anormais de colesterol ou triglicerídeos.
A síndrome metabólica aumenta o risco para doença cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes tipo 2.
Durante três anos, os cientistas registraram dados sobre a saúde, o peso e os hábitos alimentares dos participantes. Ao fim desse período, o estudo revelou que as pessoas que tomavam um café da manhã com cerca de 400 calorias (o recomendado como saudável) tinham o índice de massa corporal (IMC) menor do que aquelas que pulavam a refeição. A cintura delas também era, em média, uma polegada menor.
“O café da manhã é, sem dúvida, uma refeição importante. Ele desempenha papel fundamental de interromper o longo período de jejum durante o sono”, afirma a principal autora do estudo, Karla-Alejandra Pérez-Vega, em entrevista ao The Telegraph.
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