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Pubalgia: entenda condição que causa fortes dores em Viih Tube

Viih está na reta final da segunda gestação e revelou o que faz para melhorar os sintomas da pubalgia. Saiba o que é a condição

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Imagem de Viih Tube deitada grávida aplicando gelo na região púbica para aliviar a dor. Metrópoles
1 de 1 Imagem de Viih Tube deitada grávida aplicando gelo na região púbica para aliviar a dor. Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

No nono mês de gestação, a influenciadora Viih Tube revelou estar enfrentando pubalgia, uma condição que causa intensas dores na região do osso púbico.

Eliezer mostrou Viih deitada na cama colocando compressa de gelo para aliviar o desconforto na região do púbis e pediu dicas para aliviar o desconforto que persiste até mesmo na hora de dormir.

 

O que é a pubalgia?

A pubalgia, também conhecida como osteíte púbica, é uma síndrome que causa dor intensa na região pélvica, especificamente na área da sínfise púbica, onde os ossos da pelve se encontram.

“A sínfise púbica é o local de junção dos dois ossos púbicos, e uma disfunção nessa região gera dor nessa área, que fica na parte frontal da bacia”, explica o ginecologista e obstetra Vinicius Bassega, que atua em São Paulo.

Segundo o médico, a condição é particularmente comum em gestantes, especialmente no terceiro trimestre, e estima-se que afete até 30% das mulheres grávidas.

“Algumas alterações hormonais durante a gestação, como o aumento dos hormônios relaxina e progesterona, afetam os ligamentos, provocando um relaxamento na área e contribuindo para a disfunção da sínfise púbica”, acrescenta.

Ele explica que o ganho de peso e mudanças no centro de gravidade e na postura ao longo da gestação também sobrecarregam a região, aumentando as chances da pubalgia.

A pubalgia, no entanto, não afeta apenas grávidas. Segundo Leandro Shimba, especialista em medicina esportiva e membro da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico (SBTO), a condição é comum em atividades de alto impacto, como o futebol, devido aos movimentos repetitivos. “Esse movimento gera um impacto maior entre os ossos que juntam as duas partes da bacia, o que acaba provocando um processo inflamatório”, destaca o ortopedista.

Sintomas

De acordo com o ginecologista, as principais queixas envolvem dor na parte inferior do abdômen, que pode irradiar para a face interna da coxa, o períneo ou até a região genital. “Essa dor tende a piorar com a locomoção, atividade física e pode até causar desconforto durante a relação sexual”, explica.

Leandro Shimba complementa que o sintoma mais comum é uma dor intensa na frente do osso púbico, que pode se espalhar para a virilha, a parte superior da coxa ou a região inferior do abdômen. “É importante também descartar a possibilidade de hérnia inguinal, já que os sintomas podem ser parecidos”, pontua.

As gestantes tendem a ter sintomas mais intensos devido à frouxidão ligamentar causada pelo hormônio relaxina. “A grávida pode sentir dor em atividades simples, como subir escadas ou até mesmo ao entrar no carro,” afirma o especialista.

Em alguns casos, pode haver a sensação de leve deslocamento na pelve, como se estivesse “fora do lugar”, o que intensifica o desconforto e torna as tarefas diárias mais difíceis.

Diagnóstico

O diagnóstico de pubalgia envolve a combinação de avaliação clínica e exames de imagem, especialmente em gestantes.

“Para identificar a condição, utilizamos exames de imagem seguros durante a gestação, como ultrassom e ressonância magnética, que são as melhores opções para avaliar a área pélvica sem expor a paciente a riscos,” explica.

Tratamento da pubalgia em gestantes

O tratamento para a pubalgia na gestação é voltado a proporcionar alívio da dor e estabilidade pélvica:

  • Fisioterapia pélvica: indicada para fortalecer o assoalho pélvico e ajudar na estabilização da área afetada;
  • Mudanças de hábitos: dormir com um travesseiro entre os joelhos pode trazer conforto;
  • Aplicação de gelo: ajuda a reduzir a inflamação e oferece alívio da dor;
  • Uso de cintas de sustentação: “As cintas estabilizam a pelve, trazendo mais conforto e controle da dor”, recomenda o médico;
  • Exercícios leves e alongamentos: atividades aeróbicas leves e alongamento podem ser realizados, mas sempre com orientação profissional;
  • Acupuntura: pode ser utilizada como terapia complementar;
  • Analgésicos seguros: medicações para alívio da dor devem sempre ser discutidas com o obstetra para garantir a segurança da mãe e do bebê.

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