Psiquiatra ensina 13 sintomas para reconhecer um ataque de pânico
Diferente do transtorno de pânico e das crises de ansiedade, o psiquiatra Ricardo Castilho explica as particularidades do ataque
atualizado
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Classificado como transtorno de ansiedade, o ataque de pânico, explica o psiquiatra Ricardo Castilho da Silva, do Hospital Santa Paula, em São Paulo, é um mecanismo de defesa do corpo. “É quando temos a sensação de um ‘ataque iminente’ ao nosso ser. As crises de ansiedade seriam a defesa contra um possível ataque. O pânico seria um combate à sensação de agressão iminente”, esclarece.
Durante um ataque de pânico, o indivíduo tem várias sensações misturadas por um período breve. É, segundo o médico, um momento preocupante e extremamente amedrontador para o paciente.
Existem sintomas cognitivos e questões físicas para reconhecer uma crise, por exemplo:
- Taquicardia;
- Suor em excesso;
- Palpitações;
- Dificuldades de respirar;
- Desconforto abdominal;
- Tontura;
- Vertigem;
- Tremores;
- Formigamentos;
- A despersonalização, aquela sensação de que você está fora do próprio corpo;
- A desrealização, que ocorre em um pico extremo de ansiedade, quando começamos a duvidar da realidade;
- Sensação de que estamos vivendo em um filme;
- Sensações de “perder o controle” e de “morte iminente”.
Para ser considerado um ataque, o psiquiatra diz que o paciente precisaria estar sofrendo com pelo menos quatro desses sinais. Durante os minutos de agonia, Castilho recomenda a “respiração controlada”, que consiste em quatro segundos de inspiração, um segundo prendendo o ar e cinco de relaxamento.
“O ideal é sentir a barriga expandir, depois reverter o processo e soltar todo esse ar que foi inalado no processo”, ensina.
A técnica, de acordo com o especialista, ajuda o indivíduo a prevenir um processo de hiperventilação, que é o desequilíbrio da respiração. Outros métodos de relaxamento, como a meditação, também são úteis para reverter o quadro de ansiedade. O ideal é tentar tranquilizar o paciente.
Risco e prevenção
Castilho diz que não existe um grupo específico que seja mais propenso a desencadear um ataque e que é uma situação individualizada. Existem gatilhos como traumas, mas fatores genéticos também contribuem para o desenvolvimento do quadro. O psiquiatra alerta que não se trata de “frescura” ou “doença de rico”, e sim uma combinação de problemas que pode acontecer com qualquer um.
A melhor maneira de prevenir o ataque de pânico, segundo o médico, é evitar uma vida de excessos. Ele chama atenção também para a importância de fazer exercícios regularmente, dormir bem, se alimentar de forma saudável, não usar drogas lícitas e ilícitas e evitar ambientes que causam angústia e estresse.
O psiquiatra ressalta que o ataque de pânico é diferente de um transtorno de pânico. “O ataque pode acontecer com qualquer indivíduo. Os transtornos ocorrem quando vira algo constante durante um mês ou mais. Ele passa a ter mudanças comportamentais a fim de evitar a sensação”, aponta.
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