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Psiquiatra ensina 13 sintomas para reconhecer um ataque de pânico

Diferente do transtorno de pânico e das crises de ansiedade, o psiquiatra Ricardo Castilho explica as particularidades do ataque

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Peter Dazeley
Mulher tentando se acalmar respirando dentro de saco de pão
1 de 1 Mulher tentando se acalmar respirando dentro de saco de pão - Foto: Peter Dazeley

Classificado como transtorno de ansiedade, o ataque de pânico, explica o psiquiatra Ricardo Castilho da Silva, do Hospital Santa Paula, em São Paulo, é um mecanismo de defesa do corpo. “É quando temos a sensação de um ‘ataque iminente’ ao nosso ser. As crises de ansiedade seriam a defesa contra um possível ataque. O pânico seria um combate à sensação de agressão iminente”, esclarece.

Durante um ataque de pânico, o indivíduo tem várias sensações misturadas por um período breve. É, segundo o médico, um momento preocupante e extremamente amedrontador para o paciente.

Existem sintomas cognitivos e questões físicas para reconhecer uma crise, por exemplo:

  • Taquicardia;
  • Suor em excesso;
  • Palpitações;
  • Dificuldades de respirar;
  • Desconforto abdominal;
  • Tontura;
  • Vertigem;
  • Tremores;
  • Formigamentos;
  • A despersonalização, aquela sensação de que você está fora do próprio corpo;
  • A desrealização, que ocorre em um pico extremo de ansiedade, quando começamos a duvidar da realidade;
  • Sensação de que estamos vivendo em um filme;
  • Sensações de “perder o controle” e de “morte iminente”.

Para ser considerado um ataque, o psiquiatra diz que o paciente precisaria estar sofrendo com pelo menos quatro desses sinais. Durante os minutos de agonia, Castilho recomenda a “respiração controlada”, que consiste em quatro segundos de inspiração, um segundo prendendo o ar e cinco de relaxamento.

“O ideal é sentir a barriga expandir, depois reverter o processo e soltar todo esse ar que foi inalado no processo”, ensina.

A técnica, de acordo com o especialista, ajuda o indivíduo a prevenir um processo de hiperventilação, que é o desequilíbrio da respiração. Outros métodos de relaxamento, como a meditação, também são úteis para reverter o quadro de ansiedade. O ideal é tentar tranquilizar o paciente.

Risco e prevenção

Castilho diz que não existe um grupo específico que seja mais propenso a desencadear um ataque e que é uma situação individualizada. Existem gatilhos como traumas, mas fatores genéticos também contribuem para o desenvolvimento do quadro. O psiquiatra alerta que não se trata de “frescura” ou “doença de rico”, e sim uma combinação de problemas que pode acontecer com qualquer um.

A melhor maneira de prevenir o ataque de pânico, segundo o médico, é evitar uma vida de excessos. Ele chama atenção também para a importância de fazer exercícios regularmente, dormir bem, se alimentar de forma saudável, não usar drogas lícitas e ilícitas e evitar ambientes que causam angústia e estresse.

O psiquiatra ressalta que o ataque de pânico é diferente de um transtorno de pânico. “O ataque pode acontecer com qualquer indivíduo. Os transtornos ocorrem quando vira algo constante durante um mês ou mais. Ele passa a ter mudanças comportamentais a fim de evitar a sensação”, aponta.

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