Os cientistas fizeram uma análise de estudos já publicados e bancos de dados para entender como a substância age no organismo de pacientes com a doença. No total, 436 pessoas com depressão foram acompanhadas, e os resultados foram publicados na revista científica BMJ nessa quarta (1º/5).
Os participantes receberam a psilocibina ou um placebo. Os níveis dos sintomas de depressão foram medidos antes e depois do tratamento, e a mudança positiva foi considerada maior do que a observada em medicamentos comparáveis.
Os pacientes que têm depressão secundária (que foi desencadeada por outra doença), idosos e indivíduos que já tinham usado a psilocibina anteriormente foram os maiores beneficiados pelo psicodélico.
Como os estudos eram muito diferentes, os cientistas consideram que as evidências ainda não são completamente sólidas e destacam que é importante continuar as pesquisas para entender exatamente como a psilocibina funciona contra a depressão.
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A depressão é uma doença psiquiátrica caracterizada por tristeza profunda, sentimento de desesperança e pela falta de motivação e interesse em realizar qualquer tipo de atividade. Essa condição pode ser crônica, tornando a se repetir em vários momentos da vida, ou episódica, desencadeada por alguma emoção específica
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A luta contra esse mal começa, inicialmente, na busca do paciente por ajuda. Em seguida, além do tratamento indicado por um especialista, mudanças no hábito de vida são essenciais para combater a doença
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Um desses hábitos é ter boas noites de sono. Dormir bem é necessário para manter a saúde mental. Alguns estudos sugerem que pessoas com insônia são até dez vezes mais propensas a ter depressão
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Manter-se longe de situações que podem causar estresse é outra recomendação. Apesar de parecer impossível excluir essa reação tão danosa das nossas vidas, uma vez que ela é provocada por fatores que não podem ser controlados, é possível gerenciar os nossos sentimentos durante situações estressantes. Autoconhecimento e certas técnicas ajudam a lidar com o problema
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Realizar atividades físicas é outra indicação para quem tem depressão. Além de manter a cabeça ocupada e focada, exercícios ajudam o corpo a liberar endorfina, substâncias químicas que reduzem a dor e melhoraram o humor. Praticar dança, natação, vôlei ou qualquer outra atividade que você se interesse pode fazer toda diferença
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O álcool pode agravar sintomas depressivos em função de seus efeitos sobre o sistema nervoso central. Beber deixa o paciente menos propenso a seguir o tratamento contra a depressão. Também o coloca em situações mais propícias para ter problemas em casa ou no trabalho
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Manter distância de pessoas negativas é outro hábito que deve ser praticado por quem luta contra a doença. É muito importante ter uma rede de pessoas confiáveis com quem se possa conversar sobre a vida. Contudo, para pessoas que estão em um momento de fragilidade pode não ser adequado ficar repassando assuntos negativos
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Se você não está se sentindo bem, procure permanecer ao lado de pessoas que o alegram e despertam sentimentos positivos
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Assim como em qualquer outra condição, é preciso assumir o problema para que ele possa ser tratado. Portanto, se você está se sentindo deprimido, não deixe de buscar ajuda
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Geralmente, a psicoterapia costuma ser a primeira indicação para casos leves. Já para quadros moderados e graves, o uso de antidepressivos é a conduta mais indicada. Segundo especialistas, quando o tratamento é feito de maneira precoce, os resultados são muito melhores, proporcionando mais tempo livre de sintomas e redução da chance de novos eventos
Apesar de existirem muitos medicamentos antidepressivos, eles não são eficazes para todos os pacientes e podem causar efeitos adversos, dificultando a aderência ao tratamento. Outro problema é a demora para o aparecimento dos efeitos, que podem surgir apenas sete semanas após o início do uso.
Desde o início dos anos 2000, a psilocibina vem sendo discutida como uma possível terapia contra a depressão. “O mecanismo de ação da substância é diferente de substâncias clássicas e pode melhorar a taxa de resposta do tratamento, diminuir o tempo da melhora dos sintomas e prevenir o relapso. Além disso, novos estudos mostram que a psilocibina tem baixo potencial viciante e toxicidade”, escrevem os cientistas no artigo publicado.
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