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Pesquisa ensina como equilibrar as fontes de proteína para viver mais

Após analisarem informações de saúde de 48 mil mulheres, pesquisadores apontaram como balancear as fontes de proteína na dieta

atualizado

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Imagem colorida de vários tipos de proteína na mesa
1 de 1 Imagem colorida de vários tipos de proteína na mesa - Foto: SportLife/Reprodução

Nem carnívora, nem vegana. A melhor dieta para a longevidade equilibra fontes de proteína animal e vegetal. A conclusão é de pesquisadores da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, após analisarem informações de saúde de 48 mil mulheres.

De acordo com o estudo, mulheres que comiam mais proteína vegetal do que animal apresentaram 46% mais chances de permanecerem saudáveis na velhice. Por outro lado, as que priorizavam proteínas animais na dieta tinham 6% menos chances de terem uma boa saúde na velhice.

Equilíbrio entre fontes proteicas

Os pesquisadores reforçam, entretanto, que a melhor opção não é o veganismo – modelo de alimentação que elimina totalmente as proteínas animais do prato, incluindo o ovo e o leite.

De acordo com eles, a dieta mais favorável à longevidade é a que inclui outras fontes proteicas, como os peixes e os laticínios na alimentação. Essas fontes de proteína garantem vitaminas essenciais ao corpo, como a B12.

“Obter a maior parte de suas proteínas de fontes vegetais na meia-idade e uma pequena quantidade de fonte animal parece ser o modelo mais propício para uma boa saúde em idades mais avançadas”, explicou o nutricionista Andres Ardisson Korat, principal autor do estudo, em comunicado à imprensa.

proteínas vegetais
Dieta rica em vegetais complementada por proteínas animais foi apontada como a melhor opção pelos pesquisadores

Como a pesquisa foi feita?

A pesquisa avaliou dados de saúde de 48 mil mulheres a partir dos 40 anos e acompanhou o envelhecimento delas por três décadas, de 1984 a 2016. Os pesquisadores fizeram associações entre os hábitos alimentares das voluntários e os diagnósticos de doenças cardíacas, cânceres, diabetes e declínio cognitivo.

O predomínio de proteína animal foi modestamente associado a menos limitações físicas na idade avançada, mas a vegetal teve uma correlação mais forte e mais consistente em todos os modelos de prevenção de doenças observados.

A equipe reconheceu, porém, que a superioridade dos benefícios proporcionados pelos vegetais pode ser explicada por outras substâncias presentes neste tipo de alimento, e não somente por causa das proteínas. As plantas, hortaliças e legumes são os alimentos mais ricos em fibras alimentares e vitaminas.

A dieta ideal

A equipe chegou a um modelo de dieta que considera o mais adequado: a estratégia é comer frutas, vegetais, nozes e sementes, complementando com algum peixe ou outra proteína animal.

Veja exemplos de dietas equilibradas que seguem a recomendação dos autores:

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<b>Dieta Mediterrânea –</b> Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares
<b>Dieta Dash –</b> A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso
<b> Dieta TLC –</b> Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso
<b>Dieta Flexitariana –</b> Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
<b>Dieta The Engine 2</b> Criada para prevenir doenças cardíacas, diabetes, Alzheimer e câncer, é baseada em um cardápio low carb e "forte em plantas". Segundo Rip Esselstyn, é basicamente uma dieta vegana com um "twist": aqui não entram óleos vegetais e o objetivo primário não é perder peso, apesar de um aumento na massa muscular ser comum entre os adeptos
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Dieta Ornish Criada em 1977 por um professor de medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o cardápio tem poucas gorduras, carboidratos refinados e proteínas animais. Os alimentos são categorizados em cinco grupos entre o mais saudável e o menos saudável, e é permitido consumir até 59ml de álcool por dia. O programa incentiva também a prática de meditação e ioga, além de exercícios de flexibilidade, resistência e atividades aeróbicas

Amoon Ra/Unsplash
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Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares

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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso

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Dieta TLC – Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso

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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal

Dose Juice/Unsplash
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Dieta The Engine 2 Criada para prevenir doenças cardíacas, diabetes, Alzheimer e câncer, é baseada em um cardápio low carb e "forte em plantas". Segundo Rip Esselstyn, é basicamente uma dieta vegana com um "twist": aqui não entram óleos vegetais e o objetivo primário não é perder peso, apesar de um aumento na massa muscular ser comum entre os adeptos

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Dieta MIND – Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações

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Dieta vegetariana Um pouco menos rígida que a vegana, a dieta vegetariana exclui apenas carne animal do cardápio (que normalmente é substituída por tofu ou grão de bico). Segundo pesquisas, os adeptos deste tipo de alimentação costumam consumir menos calorias do que carnívoros, e os alimentos são, em geral, mais saudáveis

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Dieta Anti-inflamatória do Dr. Weil Criada pelo médico Andrew Weil, a dieta tem consumo de 2 mil a 3 mil calorias, dependendo do sexo do paciente e pretende dar preferência a alimentos anti-inflamatórios. 40% a 50% da dieta é composta por carboidratos (de baixo índice glicêmico), 30% de gorduras e 20% a 30% de proteínas, em um esquema semelhante ao da dieta Mediterrânea

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