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Proteína spike do coronavírus pode matar células de câncer, diz estudo

Células de câncer de pulmão foram expostas à proteína spike, presente no coronavírus, e pesquisadores observaram redução dos tumores

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Ilustração colorida de uma pessoa mexendo numa placa de petri com representações do coronavírus - Metrópoles
1 de 1 Ilustração colorida de uma pessoa mexendo numa placa de petri com representações do coronavírus - Metrópoles - Foto: Gettyimages

Durante o processo de desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19, a comunidade científica se focou em atacar a proteína spike, uma parte do coronavírus usada para ligá-lo às células humanas e permitir a multiplicação do patógeno. Porém, um novo estudo feito nos Estados Unidos aponta que a proteína pode ter mais uma função: curar um tipo de câncer de pulmão de difícil tratamento.

A pesquisa, realizada com ratos que tinham tumores no órgão, foi publicada na revista científica Cancers em novembro.

Os roedores receberam doses muito baixas do coronavírus em spray e, quatro semanas após a aplicação, se observou que o tamanho dos tumores diminuiu significantemente. A equipe de pesquisadores usou uma versão clonada da proteína spike disponível no mercado para estudos científicos. De acordo com os cientistas, a substância interagia com as enzimas pulmonares e matava as células cancerígenas.

“Se esses resultados forem replicados em pacientes com câncer de pulmão, revelariam um caminho promissor para essa doença devastadora”, explicou o professor de neurologia Kalipada Pahan, do RUSH Medical College em Chicago, nos Estados Unidos. Ele foi o principal investigador do estudo.

Os cientistas também expuseram células humanas de câncer de pulmão à proteína spike, e descobriram que, quando a substância foi adicionada, os tumores morreram.

De acordo com os pesquisadores, a proteína intranasal spike S1 poderia ser usada para casos de câncer de pulmão em estágio avançado, quando não há outra terapia para interromper a progressão da doença.

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No fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis no mundo
O tabagismo é a principal causa. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco
A mortalidade entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior
A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer
Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes
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O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 13% de todos os casos novos são nos órgãos

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No fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis no mundo

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O tabagismo é a principal causa. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco

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A mortalidade entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior

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A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer

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Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes

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Os sintomas geralmente não ocorrem até que o câncer esteja avançado. Porém, pessoas no estágio inicial da doença já podem apresentar tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, pneumonia recorrente, cansaço extremo, rouquidão persistente, piora da falta de ar, diminuição do apetite e dificuldade em engolir

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O diagnóstico do câncer no pulmão é feito com a avaliação dos sinais e sintomas apresentados, o histórico de saúde familiar e o resultado de exames específicos, como a radiografia do tórax, tomografia computadorizada e biópsia do tecido pulmonar

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Para aqueles com doença localizada no pulmão e nos linfonodos, o tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo

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Em pacientes que apresentam metástases a distância, o tratamento é com quimioterapia ou, em casos selecionados, com medicação baseada em terapia-alvo

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A cirurgia, quando possível, consiste na retirada do tumor com uma margem de segurança, além da remoção dos linfonodos próximos ao pulmão e localizados no mediastino. É o tratamento de escolha por proporcionar melhores resultados e controle da doença

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Os pesquisadores apontaram que casos raros de pessoas com câncer de pulmão apresentando melhora após serem infectadas com a Covid-19 foram documentados durante a pandemia. Para Pahan, os acontecimentos reforçam a teoria dos experimentos realizados pelo grupo de estudos.

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