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Projeto brasileiro fará mapeamento genético de 15 mil pessoas

O objetivo da iniciativa, que reúne universidades e empresas privadas, é descobrir informações para prevenir e tratar doenças

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1 de 1 imagem colorida de cientistas, médico realizando analise genética - Metrópoles - Foto: kasto80, Istock

O projeto DNA do Brasil, encabeçado pela Universidade de São Paulo (USP), tem uma missão ousada e inédita: mapear o código genético de 15 mil brasileiros. O objetivo é descobrir informações para prevenir e tratar doenças como diabetes e eventos como ataques cardíacos.

Os participantes foram escolhidos a partir de outro projeto – o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa), que faz o acompanhamento de funcionários públicos. Os participantes do Elsa têm de 35 a 74 anos e são oriundos de seis cidades brasileiras: São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Rio de Janeiro e Vitória.

O Elsa foi concebido para investigar fatores que podem influenciar ou causar doenças crônicas pelo período de 20 anos. A escolha de funcionários públicos como grupo a ser monitorado se deu pela tendência destas pessoas a permanecer na mesma cidade por longos períodos. Até agora, a iniciativa recebeu mais de R$ 60 milhões em investimentos dos ministérios da Saúde e de Ciência e Tecnologia.

A ideia do DNA do Brasil é combinar os dados do genoma dos brasileiros com os dados clínicos. Assim, os pesquisadores conseguirão analisar como pequenas alterações do DNA podem influenciar o surgimento de doenças crônicas. Estados Unidos, China e Coreia do Sul são outros países que também têm projetos genômicos semelhantes em andamento.

Em entrevistas, Lygia da Veiga Pereira, professora da USP e uma das principais responsáveis pelo projeto, disse que a miscigenação brasileira é um dos principais fatores para que um projeto dessa magnitude seja feito no país. Segundo ela, cerca de 80% dos genomas sequenciados no mundo são de origem europeia, outra boa porção é asiática. Assim, os latino-americanos estariam sub-representados.

A origem do DNA pode estar relacionada a doenças e características específicas. A fração indígena do DNA, por exemplo, pode estar relacionada às ataxias, doenças causadas pela degeneração do sistema nervoso. O DNA de origem africano, por sua vez, é associado a hipertensão e câncer de pulmão.

A pesquisadora considera a iniciativa uma oportunidade para a indústria farmacêutica fomentar a pesquisa e o desenvolvimento científico. “ É uma oportunidade para a farma brasileira virar gente grande, parar de fazer só medicamento genérico e fazer inovação”, disse a pesquisadora em entrevistas.

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