Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH), dos Estados Unidos, indicou que alisar o cabelo pode aumentar o risco para câncer de útero em mulheres. O artigo foi publicado nessa segunda-feira (17/10), na revista médica Journal of the National Cancer Institute.
O trabalho acompanhou a saúde de 33.497 mulheres, que se voluntariaram para fazer parte de um estudo sobre possíveis fatores de risco para cânceres femininos.
As participantes tinham entre 35 e 74 anos quando foram recrutadas, e tiveram a saúde monitorada durante 11 anos por meio da aplicação de questionários e a observação de laudos médicos.
Entre elas, cerca de 1.500 utilizavam produtos de alisamento capilar quatro vezes ou mais por ano. Desse grupo, 26 desenvolveram câncer de útero durante o período. Cerca de 30 mil voluntárias nunca haviam utilizado química no cabelo e, neste grupo, 332 foram diagnosticadas com tumor de útero.
Os cientistas ajustaram os fatores de risco já conhecidos para o câncer, como idade avançada, consumo de álcool, tabagismo e sedentarismo. Com as correções, a equipe observou que o uso de produtos de alisamento aumentou o risco de desenvolvimento do câncer de útero em 155%.
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer, para cada ano do triénio 2020/2022 serão registrados cerca de 625 mil casos da doença no Brasil
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Extremamente comum no país, o câncer de pele é caracterizado pelo aparecimento de tumores na pele em formato de manchas ou pintas com formatos irregulares. Relacionada à exposição prolongada ao sol, exposição a câmeras de bronzeamento artificial ou por questões hereditárias, a doença pode ser tratada através de cirurgias, radioterapia e quimioterapia
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O câncer de mama é causado pela multiplicação descontrolada de células na mama. Apesar de ser comum em mulheres, a enfermidade também pode acometer homens. Entre os sintomas da doença estão: dor na região da mama, nódulo endurecido, vermelhidão, inchaço e secreção sanguinolenta. O tratamento envolve cirurgia para retirada da mama, quimio, radioterapia e hormonioterapia
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Mais frequente em homens, o câncer de próstata apresenta os seguintes sintomas: sangue na urina, dificuldade em urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia e a demora em começar e terminar de urinar. Cirurgia e radioterapia estão entre os tratamentos da doença
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Embora possa estar relacionado com hipertireoidismo, tabagismo, alterações dos hormônios sexuais e diabetes, por exemplo, o câncer de tireoide ainda não é bem compreendido por especialistas. Apesar disso, tratamentos contra a doença envolvem terapia hormonal, radioterapia, iodo radioativo e quimioterapia, dependendo do caso
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O câncer de pulmão é um dos tipos com maior incidência no Brasil. Relacionado ao uso ou exposição prolongada ao tabagismo, tem como principais sintomas a falta de ar, dores no peito, pneumonia recorrente, bronquite, escarro com sangue e tosse frequente. A doença é tratada com quimioterapia, radioterapia ou/e cirurgia
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No Brasil, o carcinoma epidermoide escamoso tem a maior incidência entre os canceres de estômago. Os tratamentos envolvem cirurgia ou radioterapia e quimioterapia
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O câncer de estômago é diagnosticado após a identificação de tumores malignos espalhados pelo órgão e que podem aparecer como úlceras. Relacionado à infecções causadas por Helicobacter Pylori, pela presença de úlceras e de gastrite crônica não cuidada, por exemplo, a doença pode causar vômito com sangue ou sangue nas fezes, dor na barriga frequente e azia constante
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O câncer de colo de útero tem como sintomas sangramento vaginal intermitente, dor abdominal relacionada a queixas intestinais ou urinárias e secreção vaginal anormal. O tratamento envolve quimio, radioterapia e cirurgia
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O câncer de boca é uma doença que envolve a presença de tumores malignos nos lábios, gengiva, céu da boca, língua, bochechas e ossos. É mais comum em homens com mais de 40 anos e tem como sintomas feridas na cavidade oral, manchas na língua e nódulos no pescoço, por exemplo. O tratamento envolve cirurgia, quimio e radioterapia
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Hipótese
A hipótese é que as substâncias que compõem os produtos de alisamento, como hidróxido de sódio, tioglicolato de amônio e formaldeído, entram na corrente sanguínea através do couro cabeludo e, em alguns casos, desencadeiam a neoplasia.
Cerca de 60% das mulheres que afirmaram usar produtos para alisar o cabelo se declaravam negras, o que sugere maior vulnerabilidade em relação à doença para esse grupo.
“O fato de a taxa ser o dobro é preocupante. Apesar disso, devemos colocar essa informação no devido contexto, visto que o câncer de útero é relativamente raro”, afirmou Alexandra White, epidemiologista da NIH que coordenou a investigação.
De acordo com a especialista, é preciso realizar n0vas pesquisas para confirmar os achados em diferentes populações e determinar se os produtos para cabelo contribuem mesmo para o surgimento de câncer uterino.
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