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Procedimentos estéticos podem colocar visão em risco, alertam médicos

Oftalmologistas denunciam que casos de pessoas com problemas de visão graves causados por procedimentos estéticos estão aumentando

atualizado

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Estimulador de tecido injetável no rosto do homem no salão de beleza
1 de 1 Estimulador de tecido injetável no rosto do homem no salão de beleza - Foto: Getty Images

Os casos de pacientes que comprometeram a visão após a realização de procedimentos estéticos estão aumentando, alertam os integrantes do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).

Técnicas como estimulação de colágeno, aplicação de laser para rejuvenescimento e peelings podem causar danos à visão, caso não sejam executadas por pessoas com a expertise adequada. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, não é incomum que ocorram queimaduras na região ocular durante a realização dos procedimentos, que resultam em danos graves na córnea.

“A recorrência de casos assim tem nos preocupado, por isso vamos levar o assunto ao Congresso Brasileiro de Oftalmologia para articular soluções de proteção à saúde e bem estar coletivo”, comentou Wilma Lelis, presidente do CBO. O congresso será realizado entre os dias 4 e 7, em Brasília, no Distrito Federal.

Especialista em plástica ocular e glaucoma, a oftalmologista Carolina Gracitelli informa que os problemas costumam ocorrer quando o paciente, inadvertidamente, se expõe a situações de risco durante a realização dos procedimentos estéticos. “Muitas vezes, o profissional que vendeu o serviço não tem o preparo devido, incorre em erro e não sabe conduzir as complicações que aparecem”, afirma.

Gracitelli explica que dor nos olhos, sensibilidade excessiva à luz, sensação de pontos de luz no campo de visão e vermelhidão dos olhos após tratamentos estéticos indicam que ocorreram problemas .

“Nestes casos, o paciente deve ser imediatamente avaliado por um especialista, para determinar a extensão do dano e iniciar tratamento apropriado, que pode incluir medicamentos anti-inflamatórios ou procedimentos cirúrgicos, se necessários”, apontou Gracitelli.

Para evitar situações de risco para a população, os representantes do Conselho de Oftalmologia pretendem sugerir duas frentes de ação para a classe:

1) Pressionar o poder público para aumentar a fiscalização em relação aos profissionais que realizam intervenções estéticas;

2) Trabalhar em ações de conscientização dos pacientes sobre os riscos envolvidos em procedimentos estéticos na região da face.

Orientações aos pacientes

Como orientação aos pacientes que desejam realizar intervenções no rosto, o CBO recomenda buscar profissional médico-especialista que possua certificações válidas e esteja licenciado. Também sugere que os pacientes estejam atentos para a proteção dos olhos e a segurança dos equipamentos utilizados nos procedimentos.

Por fim, também é importante realizar um check-up ocular, uma avaliação oftalmológica prévia para identificar condições pré-existentes, como olho seco, glaucoma ou infecções, que possam ser exacerbadas pelo procedimento.

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