“Procedimento padrão”, diz Saúde sobre pausa no estudo da vacina de Oxford
Secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, disse que o contrato com a AstraZeneca não sofrerá qualquer alteração
atualizado
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Em entrevista coletiva na noite desta quarta-feira (9/9), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou que a pasta considera a pausa no estudo clínico da vacina de Oxford um “procedimento padrão”, e que o contrato com a AstraZeneca não sofrerá alterações.
“A segurança da população brasileira é prioridade do governo federal e do Ministério da Saúde. É muito cedo para fazer qualquer afirmação sobre falhas, é um evento natural que precisa ser investigado. A pausa é para certificar a segurança e efetividade. Há alta expectativa quanto à vacina, mas não podemos perder de vista a segurança do processo e da população a ser imunizada”, afirma o secretário-executivo.
Sobre o risco de ter fechado um contrato antes que a vacina fosse aprovada, Franco diz que ainda não se sabe o quanto o cronograma será impactado pela suspensão dos testes, mas o risco foi “medido e necessário”. Ele afirma que, no segundo semestre de 2021, a Fiocruz deve ser capaz de produzir imunização suficiente para suprir a demanda do país.
A pausa
A pausa da AstraZeneca aconteceu por conta de um voluntário no Reino Unido, que teria desenvolvido um efeito adverso sério por conta do imunizante. A empresa diz que está revisando os testes para verificar os dados de segurança, e que o procedimento é de rotina.
“Em testes aplicados em um grande grupo, doenças costumam aparecer, mas elas precisam ser investigadas com cuidado. Nós estamos estudando cada detalhe para tentar minimizar qualquer potencial impacto no calendário de testes. Nós estamos comprometidos com a segurança dos participantes e com os mais altos padrões de conduta de testes”, diz, em nota à CNN Internacional.