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Problemas na arcada dentária podem ser responsáveis por doenças

Segundo o cirurgião-dentista Rogério Pavan, problemas respiratórios, do aparelho digestivo e até posturais estão relacionados com a boca

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Dentist with dental instruments examining patient teeth. Inside of mouth view with smiling healthy tooth. Dentistry checkup concept. Flat isolated vector
1 de 1 Dentist with dental instruments examining patient teeth. Inside of mouth view with smiling healthy tooth. Dentistry checkup concept. Flat isolated vector - Foto: IconicBestiary/istock

Dor no pescoço, nas costas, na cabeça, ronco, refluxo, sinusite e até epilepsia podem ser resultado de uma arcada dentária mal desenvolvida. É o que afirma o cirurgião dentista Rogério Pavan. Ele é criador da Biorreprogramação Bucal: o método prega que uma boca com constituição óssea pequena dificulta a respiração (a língua precisa se reposicionar, o que dificulta a passagem do ar), impede que as glândulas salivares sejam estimuladas (evitando a estabilização da acidez) e coloca um peso diferenciado na coluna vertebral.

Muitas pessoas chegam ao consultório de Pavan com os dentes aparentemente perfeitos, bem-alinhados, mas com doenças associadas ao processo de desenvolvimento da arcada. Depois de passar por um processo de diagnóstico com direito a protocolo fotográfico, é possível determinar se os problemas têm a ver com a arcada dentária.

Doenças associadas:

  • Respiratórias: gripe, resfriado, otite, sinusite, desvio de septo, adenoide e amídala hipertrofiada, ronco, apneia, bronquite, asma, epilepsia.
  • Equilíbrio esquelético postural: lordose, cifose, escoliose, dor no pé, no joelho, na coluna, na cabeça e no pescoço.
  • Sistema digestivo: cárie, gengivite, periodontite, fungos, refluxo, gastrite, úlceras, colite, dor articular e artrose.

Uma vez diagnosticado o problema, é possível recuperar com tratamento. Crianças ainda em processo de formação da arcada dentária podem fazer tratamento com alinhadores e aparelhos para abrir e reposicionar a constituição óssea. “A partir da adolescência, quando já acabou o crescimento ortopédico, não é possível remodelá-la, mas conseguimos readequar os volumes da arcada com alinhadores invisíveis. O que não der para corrigir é possível compensar. Desde que o paciente tenha saúde bucal e estrutura óssea adequada, é possível fazer o tratamento”, explica o cirurgião-dentista.

Também é possível resolver problemas pontuais com aparelhos e placas desenhados para compensar as condições – um deles foca apenas a questão do sono, para resolver ronco e apneia, por exemplo.

Sisos e dor no pescoço
De acordo com Pavan, a retirada dos sisos tem relação próxima com relatos de problemas nas pernas e dores no pescoço. A partir de observações clínicas e questionários aplicados em pacientes, foi descoberto que aqueles que tiravam os dentes ou nasceram sem eles tinham maior chance de desenvolver varizes e inchaço nas pernas. “Alguns pacientes tiraram os sisos do lado direito e só sentiam os sintomas na perna direita. Nossa suspeita hoje é que o siso tenha relação com o sistema linfático das pernas”, explica.

Quanto ao pescoço, o cirurgião-dentista conta que pessoas com arcadas dentárias menores acabavam jogando a cabeça um pouco para frente. A equipe de Pavan percebeu que, ao retirar os sisos, a arcada ficava mais leve e o crânio pendia ainda mais para frente, sobrecarregando a coluna vertebral.

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