Alguns sintomas de problemas de saúde podem aparecer nos pés. Por estarem na extremidade do corpo, eles estão entre as partes que sinalizam doenças cardiovasculares e diabetes, por exemplo.
A médica Lorena Balestra, pós-graduada em nutrologia e endocrinologia, considera que os pés podem ser verdadeiros indicadores da saúde geral. Segundo ela, é importante prestar atenção em alterações persistentes.
“Estar atento ao próprio corpo e investigar mudanças que não têm uma explicação clara é fundamental para prevenir o agravamento de problemas de saúde”, aponta a médica.
Confira alguns sinais que podem aparecer nos pés e merecem ser investigados:
1. Dedos frios
Os pés frios podem indicar a presença de neuropatia diabética, uma complicação comum do diabetes. Ela é causada por danos nos nervos provocados pela elevação dos níveis de glicose no sangue.
“Quando os nervos estão danificados, os pacientes podem experimentar sensações constantes de frieza, formigamento ou dormência nos pés. Além disso, a má circulação sanguínea também pode contribuir para a sensação de frio, uma vez que os vasos sanguíneos são afetados pela diabetes”, afirma a médica.
2. Cicatrização ruim
Cortes ou lesões nos pés que não cicatrizam também merecem uma investigação médica, pois também podem estar associados a diabetes. A doença afeta a capacidade do sistema imunológico de reagir a infecções bacterianas e fúngicas, por isso os machucados se tornam mais comuns.
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A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada
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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
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Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
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A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
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Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
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A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros
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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento
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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença
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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco
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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções
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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)
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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle
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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão
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Além disso, o diabetes pode ocasionar problemas de circulação, resultando em menor fluxo de oxigênio e nutrientes para a área ferida, o que retarda o processo de cicatrização.
3. Infecções nas unhas
Infecções recorrentes nas unhas também podem ser um sinal de que o sistema imunológico está enfraquecido. Indivíduos com diabetes frequentemente enfrentam infecções fúngicas nas unhas devido a alterações na circulação sanguínea dos dedos.
4. Inchaço nos pés
Pés inchados podem ser sintomas de diversas doenças, como insuficiência cardíaca, problemas renais, diabetes e artrite. Na maioria das vezes, essas situações levam ao acúmulo de fluidos nos tecidos, o que causa o inchaço nos pés.
5. Dormência
A dormência nos pés pode ser um sinal de problemas cardiovasculares, como a doença arterial periférica (DAP) e a doença vascular periférica (DVP). A DAP ocorre quando há acúmulo de placas de gordura nas artérias das pernas, prejudicando o fluxo sanguíneo para as partes mais distantes do coração.
A DVP, por outro lado, envolve o sistema venoso e pode causar inflamação, dor e úlceras nas pernas e pés. Ambas as condições podem estar relacionadas ao envelhecimento, tabagismo e diabetes.
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