Probióticos: veja como alimentos ajudam a prevenir câncer de intestino
Produtos com microrganismos vivos podem contribuir para a saúde ao melhorar a microbiota intestinal e reduzir as inflamações do corpo
atualizado
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Os probióticos estão de volta à moda, com centenas de vídeos em redes sociais nos quais pessoas recomendam a inclusão deles na dieta. Além dos benefícios nutricionais, os influenciadores estão defendendo que eles são capazes de evitar o câncer de intestino.
De acordo com o oncologista Leandro Ramos, do grupo Oncomed, de Belo Horizonte, os probióticos realmente colaboram para a proteção do sistema digestivo e podem ajudar a prevenir algumas manifestações de câncer. O poder está na capacidade deles de reduzirem inflamações no organismo.
“Evitar inflamações é fundamental para prevenir tumores no intestino. As inflamações crônicas e repetidas lesionam os tecidos dos órgãos e podem levar ao câncer. Os probióticos são importantes para equilibrar a flora intestinal”, comenta Ramos.
O que são os probióticos?
Os probióticos são alimentos que contém microrganismos vivos. Em geral, as bactérias benéficas presentes nos probióticos são produzidas em processos de fermentação. Alguns exemplos de alimentos desse tipo são coalhadas, kombuchas e leites fermentados.
“Os probióticos melhoram a qualidade da microbiota intestinal, ajudando a equilibrar as bactérias que vivem em nosso intestino. A microbiota, entre outras coisas, está relacionada ao sistema imune e, quando ele está bem, as coisas vão bem de um modo geral”, aponta Ramos.
Os probióticos também têm benefícios apontados no combate a outras doenças. Um artigo publicado na revista de Ciência & Saúde Coletiva apontou como promissor o potencial anti-inflamatório desses alimentos no alívio de quadros de depressão, ansiedade e estresse. Outras pesquisas mostraram que alguns lactobacilos podem contribuir no tratamento contra a obesidade.
Alimentação de pacientes em tratamento
O oncologista Leandro Ramos também destaca os benefícios desses alimentos no tratamento de pacientes oncológicos. “Vários estudos clínicos mostram que eles aceleram a recuperação dos pacientes, mas precisam ser receitados pelo médico no momento certo”, completa.
Segundo Ramos, os probióticos só devem ser incluídos na dieta do paciente após avaliação médica, uma vez que podem ser contraindicados no início do tratamento. Isso ocorre porque as bactérias boas presentes neles podem colonizar o corpo e entrar na corrente sanguínea, provocando infecções.
Cuidados na hora de escolher
Nem todos alimentos descritos como probiótiocos, efetivamente o são. Ou seja, é preciso que haja a ação de bactérias vivas e benéficas para enquadrar o alimento na categoria.
Um produto com microrganismos vivos deve apresentar na embalagem a quantidade por ml ou por grama de bactérias, uma medida internacional conhecida como UFC. Esta unidade mostra o crescimento esperado das bactérias em ambientes controlados.
Há uma série de determinações estritas da Anvisa para serem cumpridas antes que um produto possa ser vendido como probiótico, inclusive sendo necessária a comprovação de segurança para consumo humano.
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