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Primeiro lote de vacinas contra Covid-19 só atenderá 0,5% dos idosos

Somente 34% dos profissionais de saúde serão imunizados. Previsão é de que doses do 1º lote acabem em uma semana

atualizado

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Gustavo Moreno/ Especial para o Metrópoles
Vacinação da Covid no Hran
1 de 1 Vacinação da Covid no Hran - Foto: Gustavo Moreno/ Especial para o Metrópoles

As 6 milhões de doses da Coronavac que fazem parte do primeiro lote adquirido pelo governo federal serão suficientes para imunizar apenas 0,5% dos idosos brasileiros e 34% dos profissionais de saúde do país. A estimativa foi feita pelo jornal O Estado de S. Paulo, com base em uma planilha do Ministério da Saúde com a divisão dos imunizantes por estado e grupo prioritário. Ainda não há data prevista para o recebimento de doses adicionais.

O Ministério da Saúde optou por priorizar idosos que vivem em instituições de longa permanência, grupo estimado em 156,8 mil pessoas — 0,5% dos cerca de 29 milhões de idosos brasileiros, segundo estimativa da própria pasta na versão do plano de imunização apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Idosos e trabalhadores da saúde são considerados população-alvo da imunização nas duas primeiras fases da campanha. A quantidade limitada de doses disponíveis, contudo, obrigou o ministério a priorizar indivíduos com mais risco.

Profissionais de saúde, indígenas e residentes em instituições de longa permanência foram algumas categorias escolhidas pelos estados para tomar a primeira dose e também para incentivar a vacinação no Brasil.

Os profissionais de saúde que atuam na linha de frente de combate à Covid-19, em hospitais e postos de saúde, estão entre os primeiros da fila. Um informe técnico concluído na terça (18/1) pelo ministério informou que funcionários das instituições de longa permanência de idosos e servidores que farão a vacinação também serão imunizados.

O documento recomenda a seguinte ordem para os trabalhadores de saúde: equipes inicialmente envolvidas na vacinação; trabalhadores das instituições de longa permanência de idosos e de residências inclusivas (acolhimento para jovens e adultos com deficiência); trabalhadores dos serviços de saúde públicos e privados de urgência e de atenção básica no combate à Covid-19 e os demais trabalhadores de saúde.

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Os três primeiros grupos somam pouco mais de 2,2 milhões, o equivalente a 34% dos mais de 5 milhões de profissionais da saúde do país, estima o ministério.

Além dos 156,8 mil idosos institucionalizados e 2,2 milhões de profissionais de saúde, serão vacinados com esse lote 431,9 mil indígenas e 6,4 mil pessoas com deficiência em instituições de longa permanência.

Outra restrição é a necessidade de reserva da 2ª dose para os imunizados, além das perdas técnicas de doses, estimadas entre 5% e 10%. O 1º lote imunizará cerca de 2,8 milhões de brasileiros.

Essa divisão foi proposta pelo ministério, mas os estados têm autonomia para definir estratégias, contanto que sigam as diretrizes federais sobre os grupos prioritários.

A estimativa do presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Carlos Lula, é de que o 1º lote seja esgotado em uma semana. Segundo ele, não há garantias de que, ao término dos 6 milhões de doses, o Brasil já tenha recebido nova remessa. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

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