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Pressão 12 por 8 é normal? Entenda novas diretrizes sobre hipertensão

Sociedades médicas mundo afora têm revisto qual é o índice de pressão arterial considerado ideal. Saiba o que mudou

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Foto colorida de um médico medindo a pressão arterial de um homem jovem - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de um médico medindo a pressão arterial de um homem jovem - Metrópoles - Foto: Getty Images

Por décadas, a pressão arterial em 12 por 8 foi considerada o limite do índice ideal. Este número, porém, passou a ser revisto mundo afora até que, em outubro deste ano, a Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) decidiu atualizá-lo oficialmente.

Na verdade, o índice para considerar que alguém tem pressão alta segue o mesmo, de 14 por 9. A proposta dos cardiologistas é considerar o nível de 12 por 8 como pré-hipertensão, ou seja, um estágio onde é possível, com mudanças de hábito, restabelecer os índices normais.

Os novos índices foram apresentados pela ESC em seu congresso anual, realizado no início de outubro. A nova diretriz aponta que a pressão máxima ideal deveria ser de 12 por 7. Foram propostos três níveis: não-elevada (até 12 por 7); elevada (de 12 por 8 até 14 por 9); e hipertensão (acima de 14 por 9).

Pressão elevada deve ser sinal de alerta

Os aparelhos medidores registram a pressão máxima (sistólica), quando o coração se contrai e bombeia o sangue, e a mínima (diastólica), quando o órgão se dilata para receber o sangue. Quanto maior a pressão diastólica, mais rápido o coração está operando sem relaxar o suficiente para se encher.

O cardiologista Leonardo Severino, do Sabin Diagnóstico e Saúde, aponta que as mudanças de diretriz são importantes para alertar a população sobre a necessidade de cuidar da saúde cardíaca.

“Muitos dos fatores de risco da pressão alta ou elevada podem ser gerenciados por meio de tratamento medicamentoso e mudanças no estilo de vida, como a prática regular de atividade física, alimentação saudável, boa qualidade de sono e equilíbrio emocional. A individualização dos cuidados deve sempre ser orientada pelo médico responsável”, afirma o cardiologista.

Segundo Severino, porém, muitas vezes os pacientes não sabem que devem fazer as mudanças porque a pressão elevada não apresenta sintomas. “É comum que as pessoas só descubram a hipertensão quando têm um infarto. Por isso, é importante, especialmente para quem tem histórias de problemas cardíacos na família, começar a fazer check-ups regulares, ao menos anuais, a partir dos 30 anos”, recomenda.

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Fora a questão genética, fatores como consumo de álcool, cigarro, sal em grande quantidade, obesidade, colesterol alto, diabetes, idade avançada, estresse e sedentarismo também podem influenciar nos níveis de pressão arterial
Tontura, visão embaçada, dor de cabeça ou dor no pescoço são os principais sintomas relacionados à doença. Geralmente, esses incômodos aparecem quando a pressão aumenta rapidamente
Outros sintomas comuns em quem tem pressão alta são: zumbido no ouvido, visão dupla ou embaçada, dor na nuca e na cabeça, sonolência, palpitações, enjoo e pequenos pontos de sangue nos olhos
A pressão alta é responsável por problemas graves de saúde como AVC, insuficiência cardíaca e perda da visão. Ao desconfiar que se tem a doença, o indicado é aferir a pressão sanguínea com um aparelho próprio, em casa ou na farmácia
Apesar da gravidade, a pressão alta pode ser controlada. Hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, evitar situações que possam causar estresse, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso e o colesterol sob controle e evitar drogas que aumentem a pressão arterial (como cafeína, antidepressivos e corticoides) podem ajudar no controle da pressão
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A pressão alta, também conhecida como hipertensão, é uma doença que ataca o coração, os vasos sanguíneos, os olhos, o cérebro e pode afetar drasticamente os rins. É causada quando a pressão fica frequentemente acima de 140 por 90 mmHg

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Fora a questão genética, fatores como consumo de álcool, cigarro, sal em grande quantidade, obesidade, colesterol alto, diabetes, idade avançada, estresse e sedentarismo também podem influenciar nos níveis de pressão arterial

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Tontura, visão embaçada, dor de cabeça ou dor no pescoço são os principais sintomas relacionados à doença. Geralmente, esses incômodos aparecem quando a pressão aumenta rapidamente

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Outros sintomas comuns em quem tem pressão alta são: zumbido no ouvido, visão dupla ou embaçada, dor na nuca e na cabeça, sonolência, palpitações, enjoo e pequenos pontos de sangue nos olhos

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A pressão alta é responsável por problemas graves de saúde como AVC, insuficiência cardíaca e perda da visão. Ao desconfiar que se tem a doença, o indicado é aferir a pressão sanguínea com um aparelho próprio, em casa ou na farmácia

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Apesar da gravidade, a pressão alta pode ser controlada. Hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, evitar situações que possam causar estresse, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso e o colesterol sob controle e evitar drogas que aumentem a pressão arterial (como cafeína, antidepressivos e corticoides) podem ajudar no controle da pressão

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Ao apresentar quaisquer sintomas, um cardiologista deve ser procurado. Por ser uma doença que não tem cura e que pode causar problemas cardiovasculares, o diagnóstico precoce diminui consideravelmente quadro mais graves e irreversíveis

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Somente um especialista é capaz de diagnosticar casos de hipertensão e indicar o tratamento necessário para diminuir sintomas e consequências da doença. Geralmente, a utilização de remédios e repouso são indicados

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Contudo, caso a pressão se mantenha superior ao indicado, ou seja, 140/90 mmHg após uma hora, o paciente deve procurar imediatamente um hospital para tomar anti-hipertensivos intravenosos

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No entanto, dizer que a pressão elevada é um sinal de alerta não é o mesmo que minimizar os riscos que o diagnóstico pode trazer para a saúde cardíaca. Em entrevista anterior ao Metrópoles, o cardiologista Rodrigo Noronha, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que a pré-hipertensão pode causar impactos na saúde da população a longo prazo.

“A médio prazo, ela começa a comprometer os vasos sanguíneos e o funcionamento dos rins. A longo prazo, leva ao quadro de hipertensão. Ao saber que se está em uma situação desta, portanto, o paciente recebe um alerta para monitorar com mais frequência a pressão e tem oportunidade de adotar ou intensificar mudanças efetivas em seu estilo de vida”, explicou.

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