Preferências alimentares podem ser influenciadas por DNA, diz pesquisa
Usando informações genéticas de 150 mil pessoas, pesquisadores chegaram a três grupos com gostos alimentares específicos
atualizado
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Um estudo da Universidade de Edimburgo, na Escócia, revela que a predileção por alimentos específicos pode ser influenciada por fatores genéticos tanto quanto pelas experiências vividas. De acordo com os autores, o DNA pode determinar se as pessoas darão preferência a comidas calóricas e saborosas ou a ingredientes mais saudáveis, por exemplo.
A pesquisa contou com dados genéticos de cerca de 150 mil indivíduos, que também responderam a questionários avaliando 137 alimentos e bebidas diferentes. O passo seguinte foi separar os indivíduos com gostos semelhantes em grupos para checar se eles apresentavam alguma coincidência genética.
Os estudiosos encontraram 401 variantes de genes relacionadas às preferências alimentares. “Algumas pessoas simplesmente nascem com genes que fazem elas gostarem mais do sabor do álcool”, afirmou Jim Wilson, professor de genética e principal autor do artigo publicado na revista Nature Communications, nessa quarta-feira (17/8).
De acordo com o trabalho, as pessoas podem ser divididas basicamente nos seguintes grupos: as que gostam de alimentos altamente calóricos e palatáveis, como carnes, laticínios e sobremesas; as que preferem alimentos de sabor forte, cujo gosto é “adquiridos”, e as que são mais propensas a consumir alimentos de baixa caloria, como frutas e legumes.
Os pesquisadores pretendem investigar as relações cerebrais complexas estabelecidas na formação das preferências do paladar; mas, de acordo com o responsável pela pesquisa, o achado é um exemplo bem-sucedido da aplicação de métodos complexos de estatística em grandes grupos.
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