Precisa de atendimento? Conheça 6 mitos e verdades sobre a telemedicina
Modelo à distância mediado pela tecnologia ganhou espaço após início da epidemia provocada pelo novo coronavírus
atualizado
Compartilhar notícia
A pandemia de Covid-19 fez com que os profissionais de saúde e os pacientes se acostumassem ao atendimento remoto. As consultas on line foram adotadas para evitar que os hospitais ficassem sobrecarregados e o risco de contaminação aumentasse.
Apesar de a telemedicina existir desde 2002, a regulamentação de antes da pandemia autorizava apenas a realização de triagem para o encaminhamento de consultas presenciais.
Com uma nova normativa aprovada em março, mesmo mês em que a Covid-19 foi declarada pandemia mundial, os médicos foram autorizados a atender pacientes, emitir atestados e receitar à distância.
Também foram permitidas consultas à distância de psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas, entre outros.
O tema, entretanto, ainda gera dúvidas. Renata Zobaran, médica com especialização em telemedicina pela USP, esclarece os principais mitos em relação ao atendimento remoto.
“O atendimento à distância substitui a consulta presencial”
Mito. A telemedicina é um método de atendimento que proporciona mais conforto e facilidade de acesso aos pacientes, com segurança, mas não substitui a consulta presencial em todos os casos, principalmente nos de doenças crônicas que necessitam acompanhamento periódico.
Telemedicina é um conceito utilizado apenas para consultas médicas
Mito. Telemedicina é um termo amplo cujo conceito significa o uso da tecnologia no atendimento médico não presencial. Segundo Renata, “quando esse formato de atendimento remoto não tem médico em uma das pontas, mas envolve outros profissionais de saúde, não podemos denominar telemedicina”.
As consultas à distância também podem ser feitas por profissionais de saúde de outras especialidades
Verdade. Psicólogos, enfermeiros, nutricionistas e educadores físicos, por exemplo, também podem atender à distância. Nestes casos, o termo correto é “telessaúde”.
“O ideal é nos familiarizarmos com termos como tele enfermagem, tele psicologia, e assim por diante, pois torna mais específico o serviço remoto ao qual estamos nos referindo”, sugere a médica.
Telemedicina e teleconsulta são a mesma coisa
Mito. A teleconsulta é um dos métodos de exercer a telemedicina. Laudos médicos avaliados e emitidos de forma remota e cirurgia robótica são alguns dos outros modelos.
Os atendimentos online não são realizados apenas pelos planos de saúde
Verdade. Os serviços de atendimento à distância têm sido compreendidos como facilitadores na manutenção da vida e a pandemia da Covid-19 acelerou o uso deles em diversos órgãos e empresas. “A telessaúde veio para ficar e o número de canais que oferecem esse serviço continuará crescendo”, explica a médica..
A pandemia da Covid-19 foi a responsável pela regulação dos atendimentos médicos online no Brasil
Mito. A atividade é regulamentada no Brasil desde 2002 por resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Porém, com a pandemia da Covid-19, ocorreu uma nova regulamentação para orientar sobre obrigações mínimas para a realização dos serviços.