1 de 1 mãos segurando pedaço de pizza e computador a frente
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A comida, muitas vezes, é usada como uma compensação para aqueles que estão passando por alguma situação desagradável. Em momentos de cansaço, tédio ou tristeza, é comum recorrer a algum alimento como forma de distração e alívio para os problemas.
A fome é considerada emocional quando está associada a hábitos condicionados pelo humor. Em casos assim, a pessoa não come porque precisa se alimentar, mas para satisfazer necessidades do campo das emoções. Entre as maiores causas de fome emocional, está a ansiedade.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 5% da população brasileira, cerca de dez milhões de pessoas, sofre com transtornos alimentares. E, com ansiedade, são mais de 18 milhões.
“Quando alguém está se sentindo ansioso e devora um pote de sorvete sozinho, o prazer é instantâneo. Ou seja, a recompensa e a sensação imediata de bem-estar ajudam a reduzir a ansiedade”, justifica Monica Machado, psicóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.
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A ansiedade é uma espécie de condição psíquica caracterizada por preocupação constante e excessiva de que algo negativo possa acontecer. Segundo pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é, ainda, uma sensação difusa de desconforto carregado por sentimento frequente de apreensão que pode desencadear transtornos
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, e registrou ainda mais casos da condição durante a pandemia da Covid-19. Além de adultos, a ansiedade também pode se manifestar em crianças por diversos motivos, como divórcio dos pais, provas ou problemas na escola, por exemplo
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Apesar de ser considerada relativamente comum, uma vez que pode atingir qualquer pessoa por qualquer motivo, a ansiedade se torna um verdadeiro problema quando tudo vira motivo de preocupação exagerada e o paciente passa a apresentar crises
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A crise de ansiedade é uma situação que causa grande sensação de angústia, nervosismo e insegurança, como se algo de muito mau, e que foge completamente do controle, fosse acontecer a qualquer momento
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A crise surge, normalmente, devido a situações estressantes específicas e que geram gatilho, como precisar fazer uma apresentação, ter prazo curto para entregar um trabalho, estar em algum lugar que não gostaria ou ter sofrido uma perda, por exemplo
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Entre os sintomas de uma crise de ansiedade estão: batimentos cardíacos acelerados, sensação de falta de ar, formigamento no corpo, sensação de leveza na cabeça, dor no peito, náuseas, transpiração excessiva, tremores, entre outros
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Estes sintomas ocorrem devido ao aumento do hormônio adrenalina na corrente sanguínea, algo normal quando a pessoa enfrenta um momento importante. Contudo, se os sintomas se tornarem constantes, podem sinalizar um transtorno de ansiedade generalizada
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O que se deve fazer durante uma crise de ansiedade depende da gravidade e da frequência dos sintomas e, por isso, o ideal é sempre receber aconselhamento especializado, de um psiquiatra ou psicóloga
Apesar disso, realizar exercícios de respiração, ingerir chá calmante, tentar conversar com alguém de confiança, descansar, desligar a mente, fazer atividades físicas que goste ou tentar manter o pensamento em algo que dê conforto são algumas dicas que podem ajudar a aliviar o problema
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Quando a crise de ansiedade acontece pela primeira vez, ou não se tem certeza do que está acontecendo, é importante procurar um hospital para garantir que não seja outro problema mais grave, como o infarto
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De qualquer forma, caso as crises sejam frequentes, um especialista deve ser procurado para identificar a causa e iniciar um tratamento
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A ansiedade pode desencadear problemas que, dependendo dos sintomas, podem ser classificados como Transtorno de ansiedade generalizada (TAG), fobia social, síndrome do pânico, entre outros. Esses problemas podem gerar impacto na vida pessoal e profissional do paciente, por isso o quanto antes for diagnosticado, menos problemas serão enfrentados
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A especialista explica que alguns alimentos ativam o sistema límbico no cérebro, uma região diretamente envolvida com o mecanismo de “ganho e recompensa”. Por exemplo, ao comer alimentos ricos em açúcar, há uma diminuição momentânea da ansiedade e o efeito acaba sendo registrado pelo cérebro como uma solução para combater o estresse.
“Toda vez que a pessoa estiver ansiosa, automaticamente haverá essa associação. Além de proporcionar a sensação de prazer, o alimento também diminuirá a ansiedade”, ressalta a psicóloga.
Como diferenciar a fome fisiológica da emocional?
A fome emocional tende a aparecer de repente e com uma intensidade tão alta que, na maioria dos casos, é muito difícil resistir. Para identificar a fome emocional, é importante estar atento aos seguintes sinais:
A fome aparece inesperadamente;
Quando come para reagir às emoções, a pessoa come automaticamente, sem se preocupar com o horário e as quantidades ingeridas;
Geralmente, quer um tipo específico de comida ou refeição, quase sempre alimentos gordurosos ou com açúcar;
Após a comida, a pessoa não se sente saciada. Ao contrário, sente culpa, arrependimento ou vergonha.
“Uma vez percebida que a sensação de fome não é física, mas emocional, e que a ansiedade é o que está lhe favorecendo a não resistir à comida, é hora de procurar ajuda”, finaliza Monica.
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