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Pré-eclâmpsia: saiba as causas da hipertensão gestacional

Médica obstetra explica que o sistema imunológico tem relação direta com o surgimento da pré-eclâmpsia, além de outras condições

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Foto de médica aferindo a pressão de gestante em consultório - Metrópoles - eclâmpsia
1 de 1 Foto de médica aferindo a pressão de gestante em consultório - Metrópoles - eclâmpsia - Foto: Getty Images

A pré-eclâmpsia, ou hipertensão gestacional, pode ocorrer em qualquer gestante durante a segunda metade da gravidez ou até seis meses após o parto. A condição é grave, e é responsável por 10% a 15% das mortes maternas diretas em todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Rede Brasileira de Estudos sobre Hipertensão na Gravidez (RBEHG) estimam que a doença cause 80 mil mortes maternas e 500 mil mortes fetais anualmente.

Para a médica obstetra Bruna Pitaluga, a pré-eclâmpsia é a doença mais cruel da gestação. “Resultado de informações metabólicas equivocadas, com alterações de todos os sistemas do corpo humano envolvidos, a pré-eclâmpsia pode ser considerada o oposto da gestação. Se esta é o equilíbrio, aquela é o desequilíbrio completo”, afirma.

Conforme a especialista, o sistema imunológico exerce papel fundamental na gestação. Isso porque, em conjunto com o sistema endócrino, ele fornece informações para que, após o encontro entre o óvulo e o espermatozóide, o embrião se implante no útero e o corpo da mãe receba o bebê de forma controlada e programada. “Quando o sistema imunológico está desequilibrado, essa resposta acontece de forma errada e a placenta não se implanta adequadamente”, explica.

O que pode causar a pré-eclâmpsia?

Por isso, condições que atrapalham o perfeito funcionamento do sistema imunológico são fatores de risco para a pré-eclâmpsia e, portanto, precisam de acompanhamento e tratamento durante o pré-natal. Segundo a médica, a idade gestacional e materna avançada, por exemplo, é um fator de risco. “Já é sabido que acima de 40 anos de idade existem alterações relacionadas à produção de hormônios esteroides, à microbiota e ao sistema imunológico”, comenta.

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