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Menos de 20% dos brasileiros tomaram a vacina bivalente contra a Covid

Nova cepa está causando surto no Ceará e há preocupação com aumento da transmissão neste fim de ano e férias; vacina é ideal para prevenção

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Seringa cotendo a vacina bivalente contra Covid
1 de 1 Seringa cotendo a vacina bivalente contra Covid - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Quase um ano após o início da aplicação no Brasil, a vacina bivalente contra a Covid-19 ainda tem baixa procura. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a cobertura nacional estagnou em 17%. As maiores taxas de vacinação estão registradas no estado de São Paulo, com 23%, seguido pelo Distrito Federal e Piauí, ambos com 20%. Por outro lado, Pará, Mato Grosso do Sul e Alagoas têm apenas 11% da população imunizada.

Atualmente, a vacina bivalente é aplicada em todos os adultos acima de 18 anos e em adolescentes acima de 12 anos com comorbidades, que são considerados grupos de risco. A bivalente só pode ser tomada por quem tomou pelo menos duas doses da monovalente. Mesmo com o fim da emergência sanitária declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Covid-19 ainda mata, principalmente as pessoas mais suscetíveis.

As novas cepas continuam surgindo, e há muitas variantes de preocupação ou em monitoramento com o potencial de desencadear novos surtos. Uma delas, em particular, a JN.1, está se espalhando pela Europa e já causou um surto no Ceará desde que foi detectada pela primeira vez no Brasil no mês passado.

Embora a OMS afirme que essa cepa apresenta baixo risco para a saúde global, no Ceará os casos vêm aumentando desde a segunda quinzena de novembro, e 80% das amostras sequenciadas correspondem a essa variante. A cepa JN.1 já foi identificada também em São Paulo e Mato Grosso do Sul, sendo que alguns casos não tinham histórico de viagem ao exterior, sugerindo que ela já esteja em circulação no país.

Diante desse cenário, o Ministério da Saúde estabeleceu um reforço da vacina bivalente para pessoas com mais de 60 anos e para imunocomprometidos com mais de 12 anos que tenham recebido a última dose há mais de seis meses. Segundo a pasta, mesmo que a Covid-19 não apresente um comportamento sazonal, há preocupação com as festas de fim de ano e férias, períodos de grande mobilidade e aglomerações que, em anos anteriores, resultaram em ondas da doença no início do ano seguinte.

Para os especialistas, vários fatores estão por trás da baixa procura. “Com a queda do número de óbitos, as pessoas estão menos preocupadas”, observa a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein. “Também falta divulgação”, opina a especialista. A vacina não evita a doença, mas continua efetiva na prevenção das formas graves.

Bivalente fará parte do calendário nacional de vacinação

Em 2024, a vacina bivalente será incluída no calendário nacional de vacinação para crianças com idade acima de seis meses e menores de cinco anos. Nessa faixa etária, o esquema de vacinação contará com três doses. Aqueles que já receberam as vacinas em 2023 não precisarão repeti-las.

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Em dezembro de 2021, Israel tornou-se o primeiro país a anunciar a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 no mundo. Segundo o governo, o reforço ajudaria a nação a superar uma potencial onda de infecções pela variante Ômicron
No início de 2022, o país começou a oferecer a quarta dose da vacina Pfizer/BioNtech para pessoas com mais de 60 anos e profissionais da saúde
Segundo estudo realizado em Israel, a quarta injeção em pessoas com mais de 60 anos as tornou três vezes mais resistentes ao coronavírus
O Chile e a Turquia também iniciaram a aplicação da segunda dose de reforço na população acima dos 60 anos
Os ministros da Saúde da União Europeia foram orientados, em janeiro deste ano, a se prepararem para distribuir a quarta dose do imunizante assim que os dados mostrarem que ela é necessária
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Inicialmente, apenas a população de imunocomprometidos poderia receber a segunda dose de reforço contra a Covid-19 no Brasil

Reprodução/Agência Brasil
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Em dezembro de 2021, Israel tornou-se o primeiro país a anunciar a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 no mundo. Segundo o governo, o reforço ajudaria a nação a superar uma potencial onda de infecções pela variante Ômicron

Agência Brasil
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No início de 2022, o país começou a oferecer a quarta dose da vacina Pfizer/BioNtech para pessoas com mais de 60 anos e profissionais da saúde

Agência Brasil
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Segundo estudo realizado em Israel, a quarta injeção em pessoas com mais de 60 anos as tornou três vezes mais resistentes ao coronavírus

Agência Brasil
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O Chile e a Turquia também iniciaram a aplicação da segunda dose de reforço na população acima dos 60 anos

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Os ministros da Saúde da União Europeia foram orientados, em janeiro deste ano, a se prepararem para distribuir a quarta dose do imunizante assim que os dados mostrarem que ela é necessária

Agência Brasil
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No Brasil, nota técnica do Ministério da Saúde, emitida em dezembro de 2021, recomendou que, a partir de quatro meses, a dose fosse aplicada em todos os indivíduos imunocomprometidos, acima de 18 anos de idade, que receberam três doses no esquema primário

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Em 20 de junho, a recomendação abrangia toda a população com 40 anos ou mais

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Em Volta Redonda (RJ) e Botucatu (SP), as prefeituras ampliaram a quarta dose para idosos acima dos 70 anos, pois todos os óbitos registrados nas cidades ocorreram nessa faixa etária

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Desde então não houve redução da faixa etária

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Estados como Amazonas, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo diminuíram a faixa etária por conta própria e hoje vacinam todos os adultos com 18 anos ou mais

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Em maio, o Ministério da Saúde passou a recomendar a aplicação do segundo reforço nos idosos com 60 anos ou mais

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Além desse público, a vacina também será destinada a grupos de risco, que incluem: idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas, trabalhadores de saúde, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, pessoas com deficiência permanente, indivíduos em situação de rua, pessoas privadas de liberdade e jovens cumprindo medidas socioeducativas, além de indivíduos que vivem em instituições de longa permanência e seus trabalhadores.

Neste ano, até 25 de novembro, o Brasil registrou 1.747.130 casos e 13.936 mortes pela Covid-19.

O que fazer em caso de sintomas gripais?

  • Manter o isolamento e usar máscara em casa e no trabalho, evitando ao máximo contato com pessoas de risco;
  • Procurar deixar os ambientes bem ventilados e adotar medidas de limpeza, principalmente das superfícies mais tocadas (como maçanetas, mesa, interruptor etc.);
  • Lavar as mãos com água e sabonete se estiverem visivelmente sujas ou o uso de álcool gel quando não apresentam sujidade;
  • Aplicar a etiqueta respiratória, ou seja, cobrir a tosse ou o espirro com lenço descartável ou o dorso dos braços se não estiver utilizando máscara em um ambiente em que mais pessoas estejam presentes;
  • Buscar atendimento médico e fazer o teste no segundo dia de sintomas. Se o resultado for negativo, considerar repetir no quarto ou quinto dia.

Qual a recomendação se testar positivo para Covid-19?

  • Manter isolamento domiciliar por sete dias, com possibilidade de redução para cinco dias se estiver sem febre nas últimas 24 horas e testar negativo ao final do quinto dia;
  • Monitorar os sinais de agravamento e procurar um serviço de saúde em caso de piora;
  • Usar máscara até completar dez dias após o início dos sintomas;
  • Idosos e imunocomprometidos devem procurar uma unidade de saúde para receber antiviral.

(Fonte: Agência Einstein)

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