Potencial da cloroquina para evitar Covid-19 será testado em 40 mil pessoas
Agência reguladora britânica decidiu aprovar pesquisa global sobre a eficácia do fármaco na prevenção da infecção provocada pelo coronavírus
atualizado
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A polêmica sobre a eficácia ou não da hidroxicloroquina e da cloroquina contra o novo coronavírus terá novo capítulo no Reino Unido. Isso porque a agência reguladora britânica aprovou um novo teste global com os remédios usados para combater malária, artrite e lúpus.
O teste, chamado de Copcov, ocorrerá após uma outra pesquisa britânica com a hidroxicloroquina concluir que o fármaco não traz benefícios ao tratamento de paciente com Covid-19. Este estudo, originalmente publicado na revista The Lancet, entretanto, foi questionado e levou os autores a fazerem uma retratação pública perante a comunidade científica internacional.
A nova pesquisa será feita com 40 mil profissionais de saúde e pessoas do grupo de risco em vários países do mundo e tem por objetivo checar se a medicação é capaz de prevenir a infecção provocada pelo coronavírus. Os testes serão coordenados pela Unidade de Pesquisa de Medicina Tropical Mahidol Oxford, ligada a Universidade de Oxford, na capital tailandesa Bangcoc.
A decisão de retomar os testes com cloroquina e hidroxicloroquina vai na contramão do que outros países têm feito. Recentemente, os Estados Unidos cancelaram os estudos com os fármacos por entender que já está comprovada a ineficácia deles no tratamento de Covid-19.
A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) havia retirado os remédios do estudo clínico internacional Solidarity, feito para testar medicamentos contra a Covid-19, em maio. No entanto, no início de junho, a agência internacional voltou atrás e decidiu retoma-los.