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Posso? Veja alimentos seguros para comer após retirar o mofo

Biomédico Roberto Figueiredo, mais conhecido como Dr. Bactéria, esclarece quando é possível aproveitar um alimento no qual apareceu um fungo

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Salame com superfísice com casca branca que sinaliza formação de mofo no alimento que está em cima da mesa ao lado de uma faca
1 de 1 Salame com superfísice com casca branca que sinaliza formação de mofo no alimento que está em cima da mesa ao lado de uma faca - Foto: grafvision

É bastante frustrante abrir a geladeira e ver que um alimento desenvolveu bolores de fungos. Contudo, existem algumas comidas que podem ser salvas retirando a parte mofada.

Na realidade, o problema não são os bolores em si, mas as micotoxinas liberadas por alguns fungos. Segundo o biomédico Roberto Figueiredo, mais conhecido como Dr. Bactéria, nem todos os microrganismos emitem toxinas capazes de provocar intoxicações alimentares. E alguns alimentos são mais resistentes do que os outros.

“As micotoxinas, que não são vistas a olho nu, podem provocar intoxicação alimentar. Comer algo contaminado com essas micotoxinas pode ocasionar até a morte. Porém, as frutas e os vegetais possuem níveis de acidez que dificultam a proliferação de toxinas”, explica o Dr. Bactéria.

Ele destaca alguns alimentos que podem ser salvos ao tirar o bolor da superfície. E também aqueles que você não deve comer de jeito nenhum:

Não coma de jeito nenhum:

1) Pão mofado

O Dr. Bactéria afirma que não importa o tamanho do bolor no pão mofado, muito menos o quanto do mofo a pessoa tira, não é possível eliminar a toxina liberada pelo fungo do restante do pão. “O microrganismo é bem penetrante e não dá para saber até onde a toxina chegou. Portanto, não é seguro comer pão mofado mesmo depois de remover o bolor”, alerta.

2) Iogurte

A alta umidade do iogurte o coloca na lista de alimentos que não podem ser salvos do fungo, mesmo depois de retirar o mofo. O ambiente proporciona ótimas condições para o microrganismo se desenvolver abaixo da superfície.

3) Geleia

“Existem alimentos que não conseguem impedir a contaminação, a geleia é um deles. Quando aparece o mofo no produto, já era, passou do prazo, venceu. Não tem como salvá-la”, destaca o Dr. Bactéria.

Pode tirar o mofo e provar:

1) Frutas, verduras e folhas

Cenoura, pimentão, mamão e abacaxi são exemplos de frutas e vegetais com características que dificultam a proliferação da microtoxina. O Dr. Bactéria recomenda que se remova cerca de um a dois dedos de distância em volta do bolor criado para ter maior segurança ao consumir o alimento.

2) Alguns tipos de queijo

“Existem queijos em que o fungo faz parte da produção, como o gorgonzola e o minas. Nesses casos, tudo bem retirar o bolor para comê-lo. Afinal, esse mofo, comprovadamente, não é micotoxigênico”, afirma o biomédico.

3) Salame

Assim, como alguns queijos, o salame utiliza fungos em sua produção e, por ser um alimento duro, as micotoxinas ficam com a proliferação limitada. “O bolor faz parte da fabricação do salame. Na Europa, por exemplo, as pessoas nem sequer tiram o mofo que se cria em volta dele”, aconselha o Dr. Bactéria.

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