O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) investiga o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos do Brasil. Trata-se um homem que desembarcou em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, após retornar de Portugal no dia último dia 10.
O paciente, que não teve o nome identificado, fará exames nesta segunda-feira (30/5) para confirmar ou não a infecção viral, segundo informações obtidas pelo jornal O Globo.
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Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano
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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
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Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"
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Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história
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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação
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Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixo
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Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados
De acordo com o CIEVS Nacional, o paciente começou a sentir dores de cabeça, febre, e observou o aumento dos gânglios linfáticos três dias após desembarcar em Porto Alegre.
No dia 20 de maio, ele se queixou de calafrios, fraqueza física e observou o aparecimento das primeiras lesões na pele do rosto, do tronco e dos membros – um sintoma característico de varíola dos macacos.
Ele disse não ter tido contado com pessoas diagnosticadas com a doença, em surto na Europa. O caso segue em investigação.