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Ciência descobre por que algumas pessoas perdem peso mais devagar

Pesquisadores do Japão encontraram proteína que garante os efeitos do exercício, incluindo uso de oxigênio, perda de gordura e queda de peso

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Imagem mostra mulher de calça se pesando em uma balança - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra mulher de calça se pesando em uma balança - Metrópoles - Foto: Getty Images

A fórmula para a perda de peso pode parecer simples, mas está muito longe de ser. Enquanto algumas pessoas têm facilidade para emagrecer, outras passam anos brigando com a balança para chegar ao peso ideal.

Pesquisadores da Universidade de Kobe, no Japão, descobriram que uma proteína pode estar envolvida neste processo. A PGC-1⍺ é uma molécula sinalizadora que é produzida nos músculos e está relacionada à resposta do corpo aos exercícios. Porém, os cientistas descobriram que existem três tipos da proteína, chamados da “a”, “b” e “c”. Os resultados do estudo foram publicados nessa quinta (11/7) na revista Molecular Metabolism.

As versões “b” e “c” têm função semelhante à “a”, mas são produzidas dez vezes mais durante o exercício, potencializando seus resultados. Os cientistas usaram ratinhos geneticamente modificados para não ter a PGC-1⍺ “b” e “c” e mediram o crescimento muscular, queima de gordura e consumo de oxigênio durante o repouso e em exercícios de curto e longo prazo.

Eles descobriram que, sem as proteínas, o organismo dos animais é basicamente cego para atividades de curto prazo e não se adapta ao estímulo oferecido. Ou seja, esses indivíduos consomem menos oxigênio e queimam menos gorduras.

Foto de mulher segurando balança para tampar o rosto, representando emagrecimento e perda de peso - Metrópoles - emagrecer
Apesar da fórmula simples, a perda de peso é multifatorial e acontece de maneira diferente para cada um

Proteínas para perda de peso em humanos

Também foram analisados humanos com e sem diabetes tipo 2 — pessoas resistentes à insulina e obesas têm níveis menores de PGC-1⍺. Eles passaram pelos mesmos testes que os ratinhos, e os pesquisadores perceberam que quanto mais das proteínas “b” e “c” os participantes tinham, menor a porcentagem de gordura corporal e maior o consumo de oxigênio.

“Assim, a hipótese de que os genes no músculo esquelético determinam a suscetibilidade à obesidade estava correta”, resume Ogawa Wataru, o cientista responsável pelo levantamento.

Os pesquisadores também descobriram que exercícios a longo prazo estimulam a produção da proteína “a” — os camundongos que se exercitaram por seis semanas tiveram aumento na massa muscular, independente de terem ou não as outras variedades da molécula.

Para Ogawa, as descobertas podem ajudar na criação de novas abordagens para tratar a obesidade. O próximo passo da equipe japonesa é entender como as versões “b” e “c” são produzidas durante o exercício.

“Recentemente, medicamentos antiobesidade que suprimem o apetite foram desenvolvidos e são cada vez mais prescritos em muitos países ao redor do mundo. No entanto, não há remédios que tratem a obesidade aumentando o gasto energético. Se uma substância que aumente as versões “b” e “c” puder ser encontrada, isso pode levar ao desenvolvimento de fórmulas que aumentem o gasto energético durante o exercício ou mesmo sem atividades”, explica, em entrevista ao site da universidade.

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