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Por que alguns pacientes graves de Covid-19 não sentem falta de ar?

A partir da análise de cadáveres, pesquisadores da Alemanha sugerem resposta para um dos enigmas da doença provocada pelo novo coronavírus

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1 de 1 ilustração coronavírus - Foto: Yanka Romão/Metrópoles

Um estudo alemão mostra que o novo coronavírus danifica o pulmão mais pelos vasos sanguíneos do que pelas próprias células pulmonares. A descoberta pode ajudar a explicar por que alguns pacientes infectados não sentem asfixia, mesmo com o nível de oxigenação do sangue baixo.

A pesquisa feita na Escola Médica de Hannover, publicada na revista New England Journal of Medicine, é mais uma evidência de que a Covid-19 age também no sistema vascular.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores, liderados por Danny Jongk, compararam os danos em 14 corpos de pacientes que faleceram: sete vítimas da gripe H1N1 e outras sete de coronavírus. Os corpos das vítimas do coronavírus apresentavam muito mais danos vasculares do que os das vítimas do H1N1. “Os pacientes do grupo com Covid-19 tinham vascularização distorcida, com vasos capilares estruturalmente deformados”, descreveram.

A partir daí, a hipótese é a de que, em alguns pacientes, apesar da mecânica respiratória não estar comprometida, a oxigenação do sangue baixa por conta dos problemas vasculares.

Embora seja importante para elucidar o comportamento do vírus no corpo, o estudo não se aplica a todos os pacientes de coronavírus, conforme explica o pneumologista José Baddini Martinez, professor da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

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Em entrevista à revista Época, ele ressalta que o resultado da pesquisa é eficaz somente na parcela de casos graves. “Esse é um estudo de anatomia patológica, ou seja, um estudo de autópsia, e os indivíduos que morreram estão entre os casos mais graves. O que eles encontraram ali não se aplica necessariamente às pessoas com condições leves de Covid-19, que são 80% dos casos conhecidos”, diz Baddini.

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