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Exposição à luz durante a noite pode aumentar risco de Alzheimer

O estudo investigou a ligação entre a exposição à luz noturna externa e a prevalência da doença de Alzheimer nos Estados Unidos

atualizado

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Candeeiro de cabeceira iluminando o canto do quarto ao lado da janela com vista para o céu ao entardecer
1 de 1 Candeeiro de cabeceira iluminando o canto do quarto ao lado da janela com vista para o céu ao entardecer - Foto: Getty Images

Um estudo publicado na revista Frontiers in Neuroscience, na quinta-feira (5/9), revelou que a exposição excessiva à luz durante a noite pode aumentar o risco de Alzheimer, especiaolmente, em pessoas jovens.

Os pesquisadores descobriram que a exposição à luz artificial, como a da iluminação pública e dos letreiros da cidade, pode ter um impacto mais significativo no risco de demência de pessoas com menos de 65 anos do que qualquer outro fator de risco já conhecido.

“A poluição luminosa noturna pode ser um fator de risco importante para Alzheimer. Mostramos que nos EUA há uma associação entre a prevalência de Alzheimer e a exposição à luz durante a noite, particularmente em pessoas com menos de 65 anos”, disse o autor do estudo Robin Voigt-Zuwala, professor associado do Rush University Medical Center, em comunicado distribuído à imprensa.

Exposição à luz noturna e Alzheimer

O estudo investigou a ligação entre a exposição à luz noturna externa e a prevalência da doença de Alzheimer nos Estados Unidos, utilizando informações de intensidade luminosa captadas por satélites e dados do Medicare, o sistema de seguros de saúde administrado pelo governo dos EUA.

Para a análise, a equipe considerou mapas de poluição luminosa de 48 estados americanos, além de dados médicos relacionados a fatores de risco conhecidos para Alzheimer. Os pesquisadores dividiram os dados de intensidade de luz noturna de cada estado em cinco grupos, variando da menor à maior exposição.

A análise revelou que, em pessoas com 65 anos ou mais, a prevalência de Alzheimer estava mais fortemente associada à poluição luminosa do que a fatores como abuso de álcool, doença renal crônica, depressão e obesidade.

Curiosamente, entre pessoas com menos de 65 anos, a maior intensidade de luz noturna foi o principal fator associado à prevalência de Alzheimer, superando todos os outros riscos examinados no estudo.

A razão pela qual pessoas mais jovens podem ser mais vulneráveis não está clara, mas os pesquisadores cogitam diferenças individuais na sensibilidade à luz.

“Alguns genótipos associados ao início precoce da doença de Alzheimer podem influenciar a resposta a estressores biológicos, aumentando a vulnerabilidade aos efeitos da exposição à luz noturna”, explica Voigt-Zuwala.

Os pesquisadores esperam que as descobertas ajudem a conscientizar sobre os riscos da exposição à luz noturna. “Informar as pessoas, especialmente aquelas com fatores de risco para Alzheimer, pode motivá-las a adotar mudanças simples, como o uso de cortinas blackout ou máscaras para os olhos, especialmente em áreas com alta poluição luminosa”, afirma Voigt-Zuwala.

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