Plasma de cavalo com anticorpos será testado como tratamento da Covid-19
A pesquisa é desenvolvida pela UFRJ e, caso o resultado seja satisfatório, o medicamento pode chegar aos doentes com coronavírus em 4 meses
atualizado
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Um soro produzido a partir do plasma sanguíneo de cavalos que tenham recebido anticorpos contra a Covid-19 será testado por pesquisadores brasileiros como estratégia de combate ao novo coronavírus. A pesquisa é desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, caso a eficácia seja comprovada, o soro hiperimune pode chegar aos doentes com Covid-19 em quatro meses.
Embora seja pioneiro no tratamento da Covid-19, o método não é uma novidade. Ele também é usado em casos de raiva, tétano e picadas de animais peçonhentos.
Neste estudo, a UFRJ isolará e inativará o vírus, para que ele possa começar a ser inoculado em cavalos do Instituto Vital Brazil. “Já vimos em muitas pesquisas realizadas pelo mundo em que o tratamento a partir do plasma de pessoas curadas da Covid-19 teve efeito positivo no tratamento de infectados em estado grave. A ideia é fazer um experimento agora a partir do plasma de cavalos, para que possa ser produzido em grande escala”, afirma o presidente do instituto, Adilson Stolet, em entrevista à Agência Brasil.
Outra vantagem do soro hiperimune é a rapidez na produção. O instituto teria capacidade para tratamentos para até 100 mil pacientes por ano. Vale ressaltar que o soro a partir do plasma sanguíneo com anticorpos de cavalos não é uma vacina. Caso funcione, ele pode servir como tratamento eficaz até a chegada da imunização.