Planta chinesa pode evitar acúmulo de gordura no corpo, afirma estudo
Pesquisa mostra que uma planta característica de ilha chinesa foi capaz de combater a obesidade em ratos e reduzir a gordura corporal
atualizado
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Uma pesquisa realizada por médicos e nutricionistas japoneses apontou que uma planta tradicional chinesa tem potencial para combater a obesidade. A Mallotus furetianus é uma erva tropical característica da ilha de Hainan, na China, e é usada contra várias doenças, mas essa é a primeira pesquisa que aponta sua capacidade de evitar o acúmulo de gordura no corpo.
Em um estudo feito com ratos, a inclusão da planta na dieta levou a mudanças no tecido adiposo, facilitando sua absorção pelo corpo. Os 36 camundongos foram divididos em dois grupos durante um mês: um deles recebeu uma dieta saudável, enquanto o outro foi alimentado com um cardápio mais gorduroso.
Além disso, alguns ratos de cada um dos grupos também consumiram um chá concentrado de folhas secas da planta. A pesquisa, conduzida por investigadores da Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão, foi publicada no dia 5 de julho na revista especializada Food Science & Nutrition.
Com o uso da Mallotus furetianus, tanto os ratos com alimentação gordurosa como os que receberam uma comida mais saudável tiveram menor acúmulo de gordura. Os ratinhos que ingeriram mais calorias ganharam 34 gramas em um mês, enquanto os animais do grupo que usou a planta ganharam 30 gramas.
O valor de engorda 12% menor entre os que comeram muitas calorias mas tomaram o chá foi quase o mesmo das 29 gramas adquiridas no grupo da dieta saudável.
Como a planta funciona?
O tratamento impediu o ganho de gordura corporal e diminuiu o acúmulo de tecido adiposo e de gordura no fígado dos animais. No grupo da dieta saudável, porém, não foram observados tantos impactos ao longo do mês analisado.
“Esses resultados não apenas sugerem uma ligação entre o extrato de Mallotus furetianus e os efeitos antiobesidade, mas também indicam seu potencial como um novo ingrediente alimentar com propriedades que diminuem o ganho de peso”, afirmou o professor de nutrição Akiko Kojima-Yuasa, autor líder do estudo, em comunicado à imprensa.
A explicação para isso, segundo os autores da pesquisa, é que as características químicas da planta inibem a síntese de gordura. Isso faz com que a substância seja descartada do corpo antes de ser processada e armazenada, como a maioria dos mamíferos faz.
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