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Plant based: como é a dieta alimentar que vem ganhando espaço na pandemia

Preocupação em ser mais saudável levou as pessoas a reduzirem o consumo de carne e optarem por alimentos in natura

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Você já ouviu falar no estilo de alimentação plant based ou, em uma tradução literal, baseada em plantas? Não é propriamente uma dieta para emagrecimento, mas um conceito que envolve privilegiar os alimentos naturais – frutas, verduras, oleaginosas e cereais – e comer a menor quantidade possível de comida processada e de origem animal.

De acordo com institutos de pesquisa e tendências, esse tipo de alimentação vem ganhando espaço durante a pandemia de Covid-19, pois a emergência sanitária trouxe consigo uma reflexão sobre os cuidados cotidianos com a saúde. Além disso, os que tiveram oportunidade de fazer isolamento social também ganharam mais tempo para planejar o cotidiano.

Em uma pesquisa encomendada pela Herbalife Nutrition – realizada em 30 países, entre eles o Brasil – 51% dos 28 mil respondentes afirmaram ter aumentado o consumo de frutas e verduras, 43% incrementaram a ingestão de alimentos à base de plantas e 43% declaram estar se esforçando para comer menos carne desde o início da pandemia.

Longevidade
Para a nutricionista Carolina Pimentel, consultora da Herbalife Nutrition do Brasil, o grande trunfo da alimentação plant based são as vantagens para a saúde. “As evidências científicas suportam que dietas com predominância de grãos, cerais integrais, hortaliças e frutas estão associadas à longevidade. Dietas ricas em proteínas vegetais, por exemplo, diminuem as chances de doenças do coração”, explica.

Ricos em anti-inflamatórios e antioxidantes, os alimentos naturais também fortalecem o sistema imunológico e ajudam a prevenir o câncer, a diabetes e a obesidade.

A nutricionista Laura de Souza Silva, da clínica brasiliense Nutrindo o Conhecimento, endossa a argumentação da colega. “Quanto mais in natura possível forem os alimentos, maior é o ganho para a saúde. Além de todas as propriedades naturais que apresentam, estão isentos de corantes, conservantes e tudo o mais que é adicionado durante os processos das indústrias”, explica.

O cardápio plant based faz com que o indivíduo aumente a ingestão de fibras, o que propicia a sensação de saciedade e auxilia na composição da microbiota intestinal e no funcionamento do aparelho digestivo. A dieta também colabora para o controle glicêmico e para os processos metabólicos. “Os hábitos podem desencadear a perda de peso mas, neste caso, não é o objetivo fundamental”, completa Laura.

Como começar
A diferença deste regime alimentar para o vegetarianismo – que está centrado nos mesmos grupos de alimentos – está em ser menos restritivo. “A dieta baseada em plantas tem muitas variações possíveis, que devem ser adaptadas às rotinas e aos gostos pessoais”, esclarece a professora de Nutrição do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) Camila Lima de Moura.

“As pessoas podem, por exemplo, restringir o consumo de carne a alguns dias da semana, manter ovos e leite na alimentação ou excluir tudo de origem animal”, detalha.

A especialista reforça, entretanto, que a adoção de novos hábitos deve ser acompanhada por um nutricionista. “É muito importante que o cardápio seja balanceado e variado, pois a monotonia alimentar provoca carências nutricionais”, pondera.

De acordo com ela, o sucesso desse padrão de alimentação ocorre quando há o acréscimo de vários grupos alimentares no prato: cereais, leguminosas, oleaginosas, verduras, folhas e frutas. Caso contrário, pode haver carência de ferro, cálcio, vitamina B-12 e outros nutrientes.

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