Remédios caseiros? Médico aponta 4 “conselhos de saúde” péssimos
Alguns conselhos de saúde baseados na tradição são inócuos ou até prejudiciais para as pessoas. Especialista esclarece quais são os piores
atualizado
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Conforme o tempo passa, a medicina evolui e algumas tradições relacionadas à saúde caem por terra. Existem, por exemplo, alguns “remédio caseiros” indicados por nossos antepassados que podem ser inócuos para tratar uma doença ou até agravar o quadro de saúde de um paciente.
“Conselhos antigos que prometem uma solução rápida para, por exemplo, tosse, dor de garganta ou sinusite, podem ser perigosos e provocar processos inflamatórios nas vias aéreas. Portanto, cuidado com as receitinhas e priorize uma consulta médica diante de sintomas”, recomenda o otorrinolaringologista Gilberto Pizarro, que atende no Hospital Paulista, em São Paulo.
O médico recomenda que, para zelar pela saúde, é importante ingerir alimentos frescos, anti-inflamatórios e antioxidantes. Frutas, verduras e legumes são essenciais para fortalecer o sistema imunológico e evitar desfechos ruins de infecções, acrescenta o médico.
Entre os conselhos de saúde mais populares e sem comprovação científica, Pizarro elegeu os que acha mais nocivos. Veja quais são:
1. Pedra de cânfora
“Usada no passado para aliviar problemas respiratórios, a inalação de pedra de cânfora é agora considerada prejudicial. O remédio caseiro pode causar irritação nas vias respiratórias, tosse, dificuldade para respirar e inchaço nos pulmões. A pedra representa risco à saúde quando inalada, ingerida ou colocada em contato com a pele”, afirma o otorrinolaringologista.
2. Alho nas narinas
Outra receita bastante conhecida, mas que não é nada recomendável, consiste em colocar um pequeno dente de alho nas narinas para aliviar os sintomas de sinusite. Segundo Pizarro, não há nenhuma evidência científica que comprove a eficácia do remédio caseiro.
“A secreção nasal tem uma consistência específica e qualquer substância que não tenha essa mesma consistência pode causar lesões à mucosa e, consequentemente, piorar sinusites e rinites”, aponta o otorrinolaringologista.
3. Lenço umedecido em álcool
Antigamente se acreditava que envolver o pescoço com um lenço umedecido em álcool minimizaria a tosse. O médico esclarece que a estratégia pode reduzir a febre, mas seus efeitos são limitados e, por isso, ela já não é mais usada.
4. Gargarejo com vinagre
“O gargarejo com vinagre foi utilizado como antisséptico no passado, porém, hoje, sabe-se que sua eficiência para matar as bactérias é mínima. O vinagre pode alterar a acidez da boca, diminuindo a defesa natural e aumentando a acidez local, provocando o efeito inverso. Por isso, hoje, não se utiliza mais o vinagre como remédio caseiro”, finaliza Pizarro.
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