Piloto que teve braço reconstituído em cirurgia inédita volta a voar
O piloto Osmar Tomé passou por uma cirurgia de reimplante do antebraço, em fevereiro de 2022, no Hospital Sírio Libanês de Brasília
atualizado
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Depois de um ano afastado por conta de um grave acidente, o piloto Osmar Tomé, de 55 anos, fez seu primeiro voo na última quarta-feira (15/2).
Em fevereiro do ano passado, ele teve o antebraço esquerdo decepado pela hélice de um avião agrícola e, para recuperar os movimentos, passou por uma delicada cirurgia no Hospital Sírio Libanês de Brasília.
“Foi uma emoção muito grande poder fazer o que mais amo. Estava meio estressado e sentia muita falta de voar”, diz Tomé, que fez o passeio acompanhado de um amigo, também piloto.
O acidente ocorreu na cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. Ao tentar dar a partida de um avião agrícola, Tomé percebeu que a hélice não estava se movimentando. Ao tentar reposicioná-la, ela voltou a girar, decepando o antebraço esquerdo dele na altura do cotovelo e arrancando o polegar e o dedo indicador da mão direita.
Cirurgia
A cirurgia para reimplantação do membro durou oito horas e foi considerada um sucesso. Responsável pelo procedimento médico, o ortopedista Bruno Veronesi atribui o resultado às boas condições de saúde do paciente, à agilidade do transporte até Brasília e à preservação correta do antebraço.
“Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não se pode colocar o membro amputado no gelo. O jeito certo é inserir em um recipiente com soro fisiológico – uma sacola, por exemplo – e aí sim, essa embalagem deve ser mantida em contato com gelo”, detalhou Veronesi.
Durante o ano de 2022, Osmar passou por outras duas cirurgias e fez fisioterapeuta para a estimulação do membro. O voo de quarta-feira foi apenas um passeio, mas ele deseja repeti-lo em breve.
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